Aussistente de psicóloga
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Eu tenho uma aussistente de psicóloga! Como já contei pra vocês a Minnie todos os dias senta comigo na minha poltrona durante os atendimentos e fica quietinha o tempo inteiro, como se entendesse seu papel ali.
Trabalhar como psicoterapeuta durante uma pandemia não tem sido fácil, afinal o nível de stress e de ansiedade de todo mundo (incluindo eu mesma) está mais alto que o normal, mas ter a Minnie pertinho de mim durante os atendimentos me ajuda muito a relaxar.
A pandemia não trouxe só coisas ruins - consigo perceber muitos ganhos nestes 7 meses de isolamento social e trabalho remoto. Na minha vida vejo os seguintes aspectos positivos deste período:
- Agora almoço todos os dias com meu marido (antes ele almoçava fora durante toda a semana e hoje tenho o bônus dele inclusive cozinhar para nós quase todos os dias). Com isso estou me alimentando até melhor, pois confesso que antes às vezes pulava o almoço ou comia “qualquer coisa” pois estava sozinha.
- Estou atendendo apenas on-line me propiciou ter a possibilidade de atender pessoas de todo o mundo: tenho pacientes nos EUA, Alemanha e Canadá.
- Antes da pandemia já atendia on-line há alguns anos, desde que o Conselho Federal de Psicologia permitiu, mas com a necessidade de isolamento social até mesmo meus pacientes mais antigos migraram para o atendimento remoto e estão gostando muito da facilidade de não precisar se deslocarem para fazer terapia. Ou seja, a experiência deste ano mostrou que a psicoterapia on-line funciona ainda melhor que eu imaginava, com um conforto extra para meus pacientes e para mim mesma.
- O fato de estarmos passando por uma crise mundial tem me feito ver que precisamos de muito menos “coisas” para sermos felizes. Claro que continuo gostando de moda e dos meus creminhos, mas muitas coisas que antes comprava perderam o sentido.
- Ter mais tempo com meu marido e com a Minnie tem sido ótimo, sinto que essas horas a mais por dia tem muito valor e me fazem bem.
É claro que toda a situação pela qual estamos passando este ano traz muitas angústias, mas também é importante que vejamos o que aprendemos de bom.
Fadiga da quarentena
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Você percebe que está mais cansada, de saco cheio mesmo da quarentena? Você não está sozinha e isso tem até um termo na psicologia: fadiga da quarentena.
Quando um alarme toca, nosso cérebro e nosso corpo entram em estado de alerta. O mesmo aconteceu no início da pandemia: com a ameaça de uma doença sem cura E altamente contagiosa que pode levar as pessoas à morte, nosso sistema interno de alarme começou a soar alto. Se algo nos coloca em perigo o nosso organismo começa a preparar nosso corpo para lutar ou para fugir daquela ameaça - o cortisol, hormônio típico do stress e a adrenalina são produzidos em maior quantidade e isso é necessário e positivo para mantermos nossa integridade física.
No entanto se um alarme fica tocando sem parar por dias e dias a fio em algum momento já não percebemos aquele sinal como algo tão grave e nos acostumamos com aquela ameaça. A partir do momento que as semanas vão passando e a gente não consegue ver o final da pandemia, nos acostumamos cada vez mais com o risco de adoecermos, com os números de doentes e mortos que não param de subir e com a possibilidade de contrairmos o Covid19. De repente aquilo que nos deixava apavorados e chocados em março já tem se tornado banal para muitos de nós, não por termos perdido a sensibilidade em relação às más notícias ou por não enxergarmos mais a importância do isolamento social, mas porque dia a dia nos acostumamos com tudo isso.
Acontece um desgaste, um cansaço em relação às privações, é como se a gente ainda ouvisse o alarme tocando alto mas estivéssemos tão cansados e habituados de ouvir aquele som que ele passa a não impactar tanto no nosso comportamento. Infelizmente a gente se acostuma e “ligar o foda-se” de vez em quando parece tolerável. Nossa cabeça não consegue se manter em alerta por quatro meses seguidos. A vontade que dá é fingir que as coisas já não estão tão ruins. Dá vontade de fugir do isolamento social. De voltar ao antes que não existe mais.
A displicência em relação à pandemia é um fenômeno que se vê em todos os países. Muitas pessoas simplesmente estão exaustas de se sentirem estressadas ou com medo o tempo todo. Negar que o problema continua enorme e sem perspectiva de melhora em breve é um mecanismo de defesa que tenta nos fazer fugir de uma realidade dura demais.
Nem todos acabam furando a quarentena ou encontrando os amigos para uma pizza, mas muitos de nós já passamos pela situação de não higienizar de forma tão meticulosa cada pacote que vem do supermercado ou de não passar tanto álcool gel nas mãos quanto acontecia lá no início desta loucura. Esses dias entrei no elevador com minha máscara na mão e só lembrei de colocar ela dois andares depois. Infelizmente a fadiga da quarentena faz com que a gente saia daquele estado de vigilância constante para um modo mais relaxado, que pode significar mais chances de sermos contaminados.
Quem ainda não teve pessoas próximas que adoeceram pelo Covid pode ter ainda mais uma falsa sensação de segurança, de que tudo está bem, que não é mais necessário tantos cuidados. No entanto os números de contaminados e mortos no Brasil ainda estão altíssimos e precisamos sim manter nossa disciplina em relação ao distanciamento social e aos cuidados de higiene.
Se necessário para sua saúde mental saia para dar uma volta, mas não frequente lugares com aglomeração, higienize as mãos e use máscara. Tente encontrar outras formas de lazer e contato social e entenda que se sentir cansada, irritada e triste com as limitações impostas pela pandemia é algo natural. Estamos todos vivendo um período muito difícil das nossas vidas, 2020 não será como os outros anos e certamente está exigindo muito de cada um de nós. Mas mesmo todas as restrições e tudo que estamos perdendo de viver nos últimos meses vale a pena se pensarmos que estamos contribuindo para um bem comum e maior: sairmos desta com o menor número possível de doentes e mortos. Já perdemos gente demais.
Pare de se exigir tanto!
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Semana passada atendi como psicóloga voluntária (pelo projeto @psicoscontraocovid19) uma moça sobrecarregada com os estudos e afazeres domésticos durante a pandemia.
Ela estava angustiada por não estar dando conta de várias tarefas e o caso dela me fez pensar em como tem muita gente se exigindo demais e ficando ainda mais estressada por causa de suas próprias pressões internas.
2020 não vai ser um ano incrível pra ninguém - estamos todos sofrendo, em maior ou menor grau, os efeitos do isolamento social, do medo de adoecer e da incerteza sobre o futuro.
Esperar de nós mesmas um desempenho “normal” num ano absurdamente “anormal” é querer forçar nossos limites e pode nos trazer muito mais prejuízos que vantagens. Nesse momento é mais que necessário pegar um pouco mais leve nos estudos, na dieta, na produtividade e nas expectativas.
Estes dias meu marido precisou sair pra resolver umas pendências da empresa dele e tinha me programado para arrumar meu closet, que está super bagunçado (tinha um intervalo grande na minha agenda pois uma paciente precisou desmarcar a consulta meio em cima da hora).
Olhei pro closet, com minha cadeira rosa com uma pilha de roupas pra serem dobradas e guardadas (quem aí também tem uma cadeira que serve mais pra colocar roupas que pra sentar?) e me deu preguiça. Eu estava me sentindo tão cansada e com tanta dor nas costas que resolvi não arrumar nada: comi meia barra de chocolate (em geral como só um pedaço pequeno por dia), deixei o quarto escurinho e dormi por uma hora e meia em pleno “horário de expediente” e com um monte de coisas pra fazer.
Foi tão bom! Acordei renovada, leve.
O closet continua de pernas pro ar, assim que tiver um tempinho e disposição quero arrumá-lo, mas honestamente meu cochilo valeu a pena.
Pare de querer ser perfeita, ser super produtiva, ser “modelo de mãe” (de estudante, de profissional, de esposa)... Aceite que todas nós estamos vivendo uma época difícil que pede que sejamos mais gentis com nós mesmas.
Tire um cochilo. Se permita esta gentileza. Lembre que não estamos num concurso para ver quem é a mais incrível. Você não precisa provar nada para ninguém.
Meu curso gratuito de Mindfulness para reduzir a ansiedade e o stress
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Sou psicóloga há 25 anos e criei um curso online e gratuito com 8 aulas de 1 hora cada sobre Mindfulness. As aulas acontecem todas as segundas-feiras às 19 horas em lives no Instagram do @garotasmodernas e ao longo de cada semana são disponibilizadas no IGTV dos meus dois Instas, o @garotasmodernas e o @psicologafloripa.
Neste curso ensino os conceitos de Mindfulness e vários exercícios, tanto práticas diárias quanto técnicas de relaxamento/meditação,
Uso o Mindfulness há mais de 20 anos com meus pacientes no consultório, especialmente com quem é ansioso ou tem alguma compulsão. Os resultados são maravilhosos! E o mais bacana é que o Mindfulness tem efeitos comprovados cientificamente por muitos estudos importantes e é indicado pela OMS como ferramenta útil no controle do stress, para diminuir dores crônicas e como coadjuvante no tratamento de diversos transtornos mentais e sintomas, tais como ansiedade, depressão, insônia, síndrome do pânico e transtornos alimentares.
Recomendo muito mesmo!
Transtorno de Estresse Pós Traumático
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Quase todo mundo já vivenciou algo traumático (ou provavelmente vai passar por isso) - alguns destes traumas podem ser superados em dias ou semanas e outros são capazes de deixar cicatrizes para a vida toda.
A palavra trauma vem do grega τραῦμα que significa “ferida”, e em Psicologia se trata de um acontecimento externo que causa grande medo, desespero e/ou impotência e que tem grande repercussão em nível interno, atingindo o funcionamento psíquico.
Alguns eventos são potencialmente mais traumáticos, tais como: morte (especialmente se inesperada ou violenta), doença ou ferimento grave, abuso sexual, violência (incluindo guerras e violência urbana), acidentes graves e desastres naturais.
Situações de maus-tratos, abandono ou negligência, abuso físico, psicóloga ou sexual são alguns dos fatores estressores traumáticos comuns na infância e estão associados à prejuízos psicológicos na vida adulta, incluindo ansiedade, depressão e dependência de álcool e drogas.
Existem alguns fatores complicadores para a recuperação psicológica depois de um grande trauma, entre eles: idade, intensidade e o tempo de duração da experiência traumática, sensação de impotência percebida pela pessoa, o significado que essa experiência teve para o indivíduo e os sentimentos que o evento provocou (medo, pavor, raiva, angústia, nojo, vergonha).
Entre os transtornos mentais provocados por traumas psicológicos o mais relevante é o TEPT - Transtorno de Estresse Pós Traumático, um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por:
- Sintomas intrusivos (a memória do trauma invade os pensamentos de maneira repetida e incontrolável, são comuns os flashbacks, durante os quais elas revivem o evento traumático como se ele estivesse acontecendo novamente)
- Evitar qualquer coisa que as relembre do evento (a pessoa evita tudo que possa servir de “gatilho” que a faça lembrar do trauma)
- Efeitos negativos sobre o pensamento e o humor (ansiedade, depressão, sentimentos de baixa autoestima)
- Alterações no estado de alerta e nas reações (a pessoa parece estar sempre sobressaltada, com medo)
Para quem tem TEPT, a resposta de “lutar ou fugir” numa situação de intenso stress ou perigo nunca se desliga - a pessoa vive em constante alerta.
No TEPT os sintomas duram mais de um mês (podendo persistir por meses, anos ou mesmo décadas), sendo que o tratamento inclui psicoterapia com psicólogo ou psiquiatra e terapia medicamentosa (em geral antidepressivos) orientada por um médico psiquiatra.
Neoterapias que carecem de comprovação científica tal como a Constelação Familiar e a Terapia de Vidas Passadas NÃO devem ser aplicadas na tentativa de curar um trauma pois podem desencadear reações psicológicas potencialmente nocivas à saúde mental, como uma crise de pânico ou mesmo sintomas psicóticos.
Você não está sozinha. Procure ajuda - consulte um psicólogo.
Shirley Stamou
CRP 12/01422
Psicóloga há 24 anos, formada pela UFSC em 1995, com mestrado pela UFSC concluído em 2000. Em seu trabalho como psicoterapeuta atende crianças, adolescentes e adultos com uma abordagem humanista, em um ambiente confortável e totalmente preparado para seu bem-estar.
A gente se preocupa com tanto que esquece de viver
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Quando a gente é criança se preocupa com o boletim no fim do ano.
Na adolescência se preocupa com a espinha na ponta do nariz.
A gente cresce e as preocupações aumentam a cada ano...
A gente se tortura tentando saber por que o carinha da noite passada ainda não ligou (e se pergunta: "o que fiz de errado?").
Se preocupa com o que irá pensar o chefe após aquele fora dado na reunião.
A gente se preocupa se tem dinheiro de menos, se tem peso demais.
Se preocupa dentro do cinema pensando em como vai pagar a conta do cartão de crédito.
E na cama se o namorado vai perceber ou não a celulite na coxa.
A gente se preocupa com as pessoas (e algumas delas nem sabem que a gente existe).
Sofre se preocupando com o que os outros vão pensar.
Se preocupa com inexistentes defeitos, com o tempo que é inexorável, se preocupa em tentar não envelhecer.
A gente se preocupa em ser inteligente-sexy-descolada-linda, tudo ao mesmo tempo agora.
A gente se preocupa o tempo todo tentando não desagradar os outros e assim vai esquecendo de que também precisamos de agrados.
A gente vive uma vida no depois e no antes, esquecendo de viver o agora.
Se condena pelo que fez no passado, se corrói em ansiedade pelo futuro. E o hoje passa, sob a sombra do se "pré-ocupar".
Sim, destrinche a palavra "preocupação": "pré-ocupação", ou seja, se ocupar previamente.
A gente se preocupa com tanto que esquece de viver.
Viva o presente, aqui é que estamos.
Faça como a pequena garota moderna do vídeo, Connie Talbot, de apenas 9 anos, cante a música Three Little Birds de Bob Marley (tradução abaixo) e entenda: tudo vai ficar bem!
Three Little Birds (Bob Marley)Não se preocupe com qualquer coisaPorque cada pequena coisa vai ficar bem.Não se preocupe com qualquer coisa
Porque cada pequena coisa vai ficar bem.
Levantei esta manhãSorri com o sol nascendo,
Três pequenos passarinhos
Pousaram na minha porta
Cantando doces músicas
De melodias puras e verdadeiras,
Dizendo ("Esta é minha mensagem para você")
tradução Vagalume.com
Post republicado
Para começar bem: #10coisasbacanasdasemana
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Imagem: Chuvisco de Risco
Hoje é segunda-feira, oficialmente o dia mais chato do mundo mas quero propor um desafio com todas vocês, de 10 coisas bacanas para se fazer até sexta-feira.
Nada muito difícil, tudo com o único objetivo de deixar nossas vidas (e das pessoas ao nosso redor) mais bacana. Espalhar gentilezas por aí!
Pensei nestes 10 "desafios" com a hashtag #10coisasbacanasdasemana, mas você pode criar os seus próprios:
1. Faça um elogio (sincero e objetivo) a alguém que você não conhece muito ou até mesmo a uma pessoa desconhecida (vale elogiar um acessório, os olhos, os cabelos, a atenção dada pela vendedora da loja)
2. Compre algo bem especial para você, que faça você feliz, mas que custe no máximo 10 reais (que tal flores?)
3. Escreva (num papel bonito, não no computador) uma pequena carta para sua mãe, pai, marido, filho (ou quem você quiser) dizendo o quanto você ama esta pessoa (mas escolha alguém para quem você não costume dizer/escrever isso)
4. Tire uma foto de algo que fez você sorrir durante seu dia e compartilhe (no Instagram, Twitter ou qualquer rede social) com algum poema que você goste
5. Feche os olhos por 1 minuto (de verdade) e pense em 5 coisas pelas quais você é realmente grata
6. Termine (ou comece) um capítulo de um livro até domingo
7. Convide aquela amiga querida (ou uma irmã, sua prima) que você não vê há muito tempo para tomar um café por sua conta
8. Arrume uma gaveta que está bagunçada e doe o que ainda está bom mas que não serve mais pra você
9. Dance em casa sua música favorita - de preferência com o som alto, sozinha e na frente do espelho... cantando também
10. Faça uma gentileza a um desconhecido: como ajudar uma senhora a atravessar a rua ou ceder seu lugar na fila do supermercado para a pessoa atrás de você, que está com apenas uma cestinha, enquanto você está de carrinho cheio
Quem quiser compartilhar nas suas redes sociais, por favor, use #10coisasbacanasdasemana, pois vou adorar compartilhar meu desafio com vocês!
Já comecei pelo número 5 e parei pra pensar o quanto eu sou grata e feliz por muita coisa...:)
Já comecei pelo número 5 e parei pra pensar o quanto eu sou grata e feliz por muita coisa...:)
Como enfrentar a solidão num mundo cada vez mais individualista
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Imagem: Simran Sidhu
Estes dias vindo para casa de carro estava escutando o ótimo programa Pretinho Básico na Rádio Atlântida, que é líder de audiência no horário aqui no Sul e ouvi a seguinte notícia: "mulheres solitárias são as que postam mais informações no Facebook".
A pesquisa feita por uma Universidade australiana com mais de 600 mulheres é bastante polêmica (o estudo completo está disponível em inglês no site Science Direct em PDF), mas independente de o resultado ser ou não confiável é fato comprovado na prática que muita gente vive se sentindo só, embora muitas vezes esteja cercado de pessoas, buscando nas redes sociais alguém ou algo que diminua a sensação de solidão.
Na verdade a solidão não é sempre sentida quando você está sozinha e você também não precisa realmente estar sozinha para sentir essa emoção.
Com o passar do tempo a gente começa a se sentir cada vez mais confortável com nós mesmos, a apreciar a própria companhia e se é capaz de ficar genuinamente feliz mesmo sem outra pessoa conosco - é quando você está sozinha, mas não está se sentindo solitária. Hoje em dia consigo ficar sozinha e feliz - claro que amo meu marido, a Zoé, a Minnie, a companhia dos meus pais, familiares e amigas, mas se tenho que fazer algo sozinha, aprecio o momento: adoro passear no shopping ou ir ao supermercado sozinha, parar em algum lugar pra tomar um café comigo mesma, ficar em casa lendo (ok, daí não é de fato sozinha pois as cachorras estão sempre deitadas ou brincando ao meu lado ou em cima de mim!).
Já o sentimento de solidão pode vir mesmo em locais cheios de gente: é possível (e até comum) a gente estar em meio a dezenas de pessoas numa festa, num show, no trabalho, na escola e se sentir solitária.
Talvez um dos piores tipos de solidão seja a chamada "solidão a dois", quando a gente se sente só num relacionamento, como cantou bem Cazuza:
"Solidão a dois de dia
Faz calor, depois faz frio
Você diz "já foi" e eu concordo contigo
Você sai de perto, eu penso em suicídio
Mas no fundo eu nem ligo"
Isto não significa que casais que se dão bem não tenham épocas ou momentos de maior distanciamento, o problema é quando isso vira regra e os dois não trocam mais beijos, afagos e falam apenas o necessário (a não ser para brigar), todos os dias. Aí é tempo de rever o que está acontecendo na relação e, quem sabe, procurar um médico psiquiatra ou psicólogo que trabalhe com terapia de casais.
Em mês de Dia dos Namorados e de Santo Antônio é importante lembrar que não é um namoro ou casamento que irão, necessariamente, livrar você da solidão. É necessário e saudável respeitar a necessidade do outro ficar só: amar não deve se tornar uma simbiose, pois senão acaba sufocando um dos dois ou ambos.
Não procure um homem ou mulher para lhe salvar da solidão: muitas vezes o medo de ficar só destrói nossa capacidade de escolher direito nosso namorado (a) ou pior, marido/mulher. Ficar num relacionamento furado pra não ficar sozinha é um erro que já cometi quando solteira e o preço a pagar muitas vezes é altíssimo. Sabe aquela máxima "antes só do que mal acompanhado"- pois bem, é 100% verdade, não fique se enganado com um companheiro (a) "meia-boca" ou que põe você para baixo ou é canalha, você merece mais que isto.
Outras pessoas esperam que familiares, amigos, filhos e até seus cachorros e gatos as livrem da solidão para sempre, mas esquecem que parte do amadurecimento também passa pelo aprendizado de se estar sozinha em alguns momentos, alguns dias até e nem por isto se sentir triste ou infeliz.
Claro que vivendo numa sociedade cada vez mais individualista, muitas pessoas tem mil "amigos" no mundo virtual, mas não podem contar com nenhum deles nas situações de crise da vida real.
Lembre-se que relações são construídas, mesmo aquelas que parecem óbvias, como a de pais e filhos ou entre irmãos. Nem sempre aquele amigo que estará ao seu lado para secar suas lágrimas e de fato apoiar você em momentos difíceis é o mesmo que você vê ou fala com frequência.
Ao invés de sofrer com a solidão, tente ter três atitudes pró ativas:
♥ Construa e fortaleça seus relacionamentos: ouça as pessoas, arranje tempo para elas (nem que seja para um telefonema, um oi no WhatsApp), esteja disponível para ajudar o outro em momentos de crise (pois para festejar um monte de gente nos cerca, mas quando ficamos "pobres", doentes ou tristes muitos "amigos" tendem a se afastar)Ficar ou estar sozinha não significa infelicidade. Aprenda que a tal felicidade depende mais da gente do que dos outros.
♥ Aprenda a ser feliz com você mesma, tenha ocupações, hobbies ou atividades onde você encontre prazer mesmo estando só você - aprecie sua companhia, sente sozinha num lugar legar para tomar um chá ou café gostoso, aproveite um momento onde todos saíram (para quem mora com alguém) para fazer do seu banho m spa caseiro ou ler aquele livro ou revista bacana, coloque sua música favorita e dance na frente do espelho
♥ Se o sentimento de solidão estiver atrapalhando sua vida, procure ajuda das pessoas que você confia e, se puder, faça psicoterapia para entender o porquê de você não lidar bem com esta condição natural da vida: precisamos nos amar muito para que nossa felicidade e bem estar não dependam o tempo todo da companhia de alguém
Se ame, se cuide e cuide de quem você ama!
Tudo sobre o casamento da Princesa Eugenie, neta da Rainha Elizabeth II
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Uma das netas da Rainha Elizabeth II, a Princesa Eugenie de York - nona na linha de sucessão ao trono britânico e o seu noivo, Jack Brooksbank, casaram nesta sexta-feira de manhã, na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, Inglaterra.
O vestido, um modelo lindo desenhado por Peter Pilotto e Christopher De Vos, que fundaram juntos a marca britânica Peter Pilotto em 2007, teve seu design pensado para mostrar um detalhe importante nas costas da noiva: a cicatriz que tem no alto na coluna, que ela tem por causa da cirurgia que fez aos 12 anos de idade para reparar uma grave escoliose.
Cada um de nós sabe as dores que carrega. Seja Princesa ou súdita, rica ou pobre, jovem ou idosa, toda mulher tem suas dores e marcas que fazem parte de sua história.
Não se envergonhar de nossos “defeitos ou fraquezas”, de nossos corpos sejam eles como forem, das nossas limitações, não importa quão grandes elas possam ser, não nos faz menos “perfeitas” ou “mais fracas”.
Ter boa Autoestima nos permite seguir de cabeça erguida, com todas nossas cicatrizes e apesar de todos nossos problemas.
Foi um belo e delicado recado à todas as crianças e adultos que tem vergonha de alguma parte do seu corpo: se orgulhem de suas marcas, significam que você sobreviveu, que você foi forte e que você venceu!
A Princesa Eugenie é filha mais nova do príncipe Andrew, Duque de York, e Sarah Ferguson, divorciados há 20 anos mas que mantém uma excelente relação de amizade. Sua irmã mais velha é a princesa Beatrice de York, que foi sua dama de honra (de vestido azul) .
Adoro o clima dos casamentos reais desde que vi Lady Di se casando pela TV quando era criança. De certa forma, aquela parte de mim que resguarda a menina que fui, sente o coração bater mais forte quando leio romances históricos e vejo este tipo de coisa em fotos ou vídeos.
Achei o vestido lindo, além de cheio de significados (como a Rosa de York, que representa a casa do mais novo casal real), e especialmente bonita a homenagem que a Princesa Eugenie fez à todas as crianças que, como ela, precisam passar por uma grande cirurgia na infância.
Espero que sejam muito, muito felizes!
Não conte para o Facebook, conte para um Psicólogo
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Pode parecer apenas mais uma frase que você leu no Face ou então pura propaganda da psicóloga que escreve este blog, mas é uma verdade: sua vida realmente pode ganhar mais qualidade se você compartilhar seus problemas (e também as felicidades) com um psicoterapeuta (atenção aqui: um psicólogo ou médico psiquiatra que trabalhe com psicologia clínica - não estou aqui abordando coaching, terapias holísticas, alternativas ou qualquer técnica não reconhecida pelos Conselhos Federais de Psicologia ou Medicina).
Quando fazemos psicoterapia, reservamos à nós uma preciosa hora (geralmente 1 vez por semana), para sentar com um profissional que estudou e foi capacitado para ouvir sem julgar e que vai ajudar você a descobrir como solucionar seus conflitos e questões internas, sejam elas quais forem.
Todo mundo já vivenciou algo complicado ao longo da vida, todo mundo tem seus fantasmas internos, suas angústias, questões existenciais. Quase todo mundo tem ou já teve comportamentos e até mesmo sintomas físicos provocados ou exacerbados por stress, ansiedade ou situações traumáticas.
Há quem sinta tristeza "sem motivo", mesmo que leve, mas frequente, o que chamamos Distimia, há quem sinta vergonha de si, quem se cobre demais, quem se ame de menos, que não durma ou durma demais, quem coma demais ou não consiga comer, quem tenha dores e sintomas físicos sem uma explicação médica, medos e fobias, sentimentos como ciúme exagerado, que acarretam consequências ruins, impulsividade que coloca em perigo, momentos de depressão que paralisam.
Parece bobo ou clichê, mas se seu dente dói, você não procura um dentista logo? Ou espera que ele vire uma cratera para procurar ajuda? Ou deixa o dente apodrecer até cair?
Provavelmente você, pessoa bacana que lê este texto, cuida de si: gosta de roupas bonitas, de ter um corte de cabelo legal e talvez até faça as unhas semanalmente. Provavelmente você escolhe o melhor pra você e sua família, certamente não serviria para seu filho, namorado ou mãe um bolo de procedência duvidosa.
Mas falou em procurar um psicólogo e pronto: muitas pessoas até se ofendem e dizem (ou pensam): "eu não preciso disso", "não tenho tempo", "não tenho dinheiro", "isto é coisa pra maluco ou drogado".
Fazer terapia não é coisa só de gente "maluca ou drogada", é para todo mundo: crianças, adolescentes, adultos, casais, velhinhos. É para fazer sozinho, com a família e em casal (já atendi até namorados).
É para apagar os incêndios da alma, mas também para prevenir um grande desastre.
Depressão e doenças como Bulimia e Anorexia matam mais do que alguns tipos de câncer. Saúde mental é coisa séria, muito séria e não deveria ser considerada superflua, pois se sua cabeça e seu coração não vão bem, uma hora seu corpo vai cobrar a conta.
Não fique sofrendo sozinha (o) e, por favor, não conte para o Facebook. Daqueles 1.000 amigos (ou 30/300/30 mil) alguns até podem apoiar em algumas coisas, mas não poderão ajudar como você merece. Se dê um presente: faça terapia ao menos 1 vez na vida, encontre um psicólogo com o qual você se sinta bem (pois isto é fundamental, senão o processo terapêutico não anda) e marque um encontro semanal com você mesma (o). Só uma horinha por semana.
Quanto custa? O valor médio aqui em Florianópolis é 150 reais por sessão de 45 minutos/1 hora. Há vários convênios que tem psicólogos à disposição e, para quem não pode gastar este valor, há os CAPS (instituições destinadas a acolher pacientes oferecendo-lhes atendimento médico e psicossocial), onde o atendimento é gratuito.
Infelizmente é provável que você tenha dificuldades de achar psicólogos com muita experiência em alguns convênios (a Unimed, por exemplo, paga um valor irrisório ao profissional), mas vale a pena o investimento.
Em 20 anos de profissão jamais escutei de alguém que o dinheiro gasto em psicoterapia fosse um "valor jogado fora". Muito pelo contrário, as pessoas geralmente falam de como a terapia foi importante nas suas vidas e o quanto as ajudou com suas questões pessoais, amorosas, familiares, profissionais e/ou de saúde.
Não acredite em soluções mágicas, quando lhe prometem uma vida mudada em 8 semanas. Isto não existe. As mudanças de verdade vem com o tempo, através do autoconhecimento e dos insights (momentos de clareza, de "descoberta" da solução ou dos porquês desta ou aquela dificuldade, sintoma ou comportamento).
Em poucas sessões a tendência é você ir se sentindo melhor, mas a real melhora demanda alguns meses, para algumas situações mais complexas, pode levar anos. No entanto as mudanças que são construídas através do processo de psicoterapia são sólidas e podem sim livrar você de fobias (como andar de avião, dirigir ou falar em público), depressão, ansiedade, crises de pânico, compulsões (inclusive as alimentares), relacionamentos nocivos, comportamentos que tragam algum prejuízo, alguns tipos de doenças chamadas psicossomáticas (doenças ou sintomas físicos causados ou potencializados pelo estado emocional - como dores de cabeça, dores no estômago, doenças dermatológicas como a Psoríase, etc) e outras dores da alma.
Se necessário, o seu psicoterapeuta pode pedir uma avaliação com o psiquiatra para verificar a necessidade de um tratamento medicamentoso combinado à terapia - para alguns transtornos como Sídrome do Pânico ou Depressão Maior, eles são sim necessários, mas sempre com acompanhamento da psicoterapia, que é o que vai acelerar a melhora e torná-la mais consistente,
Se cuide, se ame, VOCÊ é a pessoa mais importante da sua vida.
Gisele Bundchen e sua luta contra os ataques de pânico
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Imagem: Instagram @Gisele
Esta semana Gisele Bündchen postou esta foto com um texto falado sobre algo que a maior parte dos fãs jamais imaginariam: que ela já sofreu muito com ataques de pânico e só foi capaz de superar o problema com ajuda profissional e o apoio e amor de amigos e de sua família.
Provavelmente Gisele não imagina o quão importante é ela, como figura pública e “super mulher” - vista pela maioria das pessoas como um exemplo de ideal de “perfeição”, de beleza, sucesso profissional e material além de excelente esposa e mãe, admitir publicamente sua luta contra os ataques de pânico.
Centenas de milhares de pessoas que leram este post dela, em algum momento das suas vidas, já vivenciaram a sensação desesperadora de medo e impotência que vem junto com um ataque de pânico.
Talvez muitas delas agora possam refletir sobre a necessidade de pedir ajuda e de que não há fraqueza em se ter um transtorno mental.
Obrigada, Gisele, por ajudar a disseminar a ideia que é NORMAL TER PROBLEMAS e que ter algum transtorno mental não deve ser motivo de vergonha.
Ela termina o seu texto assim: “Pedir ajuda nunca é um sinal de fracasso, mas um sinal de força, porque vale a pena salvar sua vida”.
Muita saúde, amor e luz pra todas nós!
O dia em que andei de ambulância
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Quando acontece algo ruim e inesperado na sua vida, mas o desfecho não é horrível, você se sente sortuda ou azarada? Acha que "a vida está te sacaneando" ou que "ainda bem que não foi pior"?
Ontem aconteceu algo completamente imprevisível, que mudou meu dia e me levou a pensar justamente nesta questão.
Vou contar porque eu fiz stories do Hospital da Unimed Florianópolis e como fui parar lá numa tarde comum de terça-feira onde tinha vários compromissos fora de casa.
Sofri um acidente no início da tarde, por volta das 14 hs e precisei ser socorrida por uma ambulância e ir para o hospital.
O portão de aço da garagem do prédio onde fica a empresa do meu marido caiu em cima da minha cabeça na hora que eu estava passando à pé, cai no chão e rolei rampa abaixo.
Fui deixar meu carro na empresa dele e pegar um Uber pra fazer um ultrassom de rotina na Clínica Imagem (onde é muito ruim e caro pra estacionar), meu marido abriu o portão para eu sair pois o carro do Uber tinha chego e um motoqueiro que estava passando apertou o controle pra baixar o portão e ele bateu no alto da minha cabeça, num impacto muito, muito forte, cai e sai rolando rampa abaixo.
Não sei como não me quebrei toda. Ainda bem que estava de jeans senão estaria cheia de escoriações e que meu marido me socorreu imediatamente pois viu o acidente.
Cheguei a perder a consciência durante alguns segundos pois só lembro de pensar: alguma coisa muito, muito pesada caiu em cima de mim (não vi que era o portão pois estava de cabeça baixa conferindo a placa do Uber) e quando me dei conta meu marido já estava do meu lado me acudindo.
Não lembro direito o que aconteceu e fiquei com muita confusão mental nas primeiras duas horas.
Fiquei deitada no chão da rampa da garagem, que é subterrânea, não sei por quanto tempo mas os profissionais da ambulância da Unimed foram muito atenciosos e cuidaram pra que eu fosse devidamente imobilizada pq estava com muita dor na cabeça, costas (imagina minha hérnia de disco depois da pancada), pescoço e lado esquerdo do corpo, lado para o qual caí.
Fomos de ambulância com sirene ligada e tudo para o Hospital da Unimed, que fica bem longe, fora da ilha.
Lá no Hospital da Unimed fizeram raio-X dos membros, tórax, coluna e pescoço e graças à Deus (e uma ótima genética - ninguém quebra ossos na minha família) não tinha nada quebrado.
Fui para a observação com soro cheio de remédios pra dor e náusea e fiquei lá até o fim da tarde. A enfermeira que cuidou de mim lá era uma querida (infelizmente não lembro o nome dela pq foram muitos remédios).
Meu marido ficou comigo o tempo todo cuidando de mim e no fim da tarde recebi alta com receita de um anti-inflamatório, um remédio bem potente pra dor e um colar cervical pra usar nos próximos 3 dias (tipo uma chocker branca zero glamour e acolchoada pro pescoço ficar retinho).
Se continuar a ter dor de cabeça e enjôos amanhã devo voltar pra fazer mais exames.
Cheguei em casa mancando, morrendo de dor na coluna (especialmente na minha lombar já machucada pela hérnia de disco), no pescoço e com dor de cabeça, mas muito, muito grata por não ter acontecido algo horrível.
Ao mesmo tempo que foi "muito azar" aquele portão descer e bater com toda força na minha cabeça eu tive uma "sorte danada" em não ter me ferido seriamente.
Prefiro pensar no copo meio cheio que vazio.
Quando eu e meu marido estávamos voltando (deixei meu carro lá na garagem da empresa pois não posso dirigir até amanhã) eu até chorei um pouquinho pois já estou sofrendo muito com a dor na coluna há meses e qualquer coisa que me machuque mais as costas parece uma PUTA sacanagem do destino.
Mas logo depois fiquei feliz de ver que estou mancando hoje mas todos os dedos dos pés mexem e nem sequer precisei ficar internada no hospital.
Melhor a gente ver os "azares da vida" como "grandes sortes" que nos acontecem de uma maneira meio torta, como se fosse um aviso da vida: aproveita as belezas e maravilhas do agora, pois a gente nunca, nunca mesmo sabe do dia de amanhã.
Ontem aconteceu algo completamente imprevisível, que mudou meu dia e me levou a pensar justamente nesta questão.
Vou contar porque eu fiz stories do Hospital da Unimed Florianópolis e como fui parar lá numa tarde comum de terça-feira onde tinha vários compromissos fora de casa.
Sofri um acidente no início da tarde, por volta das 14 hs e precisei ser socorrida por uma ambulância e ir para o hospital.
O portão de aço da garagem do prédio onde fica a empresa do meu marido caiu em cima da minha cabeça na hora que eu estava passando à pé, cai no chão e rolei rampa abaixo.
Fui deixar meu carro na empresa dele e pegar um Uber pra fazer um ultrassom de rotina na Clínica Imagem (onde é muito ruim e caro pra estacionar), meu marido abriu o portão para eu sair pois o carro do Uber tinha chego e um motoqueiro que estava passando apertou o controle pra baixar o portão e ele bateu no alto da minha cabeça, num impacto muito, muito forte, cai e sai rolando rampa abaixo.
Não sei como não me quebrei toda. Ainda bem que estava de jeans senão estaria cheia de escoriações e que meu marido me socorreu imediatamente pois viu o acidente.
Cheguei a perder a consciência durante alguns segundos pois só lembro de pensar: alguma coisa muito, muito pesada caiu em cima de mim (não vi que era o portão pois estava de cabeça baixa conferindo a placa do Uber) e quando me dei conta meu marido já estava do meu lado me acudindo.
Não lembro direito o que aconteceu e fiquei com muita confusão mental nas primeiras duas horas.
Fiquei deitada no chão da rampa da garagem, que é subterrânea, não sei por quanto tempo mas os profissionais da ambulância da Unimed foram muito atenciosos e cuidaram pra que eu fosse devidamente imobilizada pq estava com muita dor na cabeça, costas (imagina minha hérnia de disco depois da pancada), pescoço e lado esquerdo do corpo, lado para o qual caí.
Fomos de ambulância com sirene ligada e tudo para o Hospital da Unimed, que fica bem longe, fora da ilha.
Lá no Hospital da Unimed fizeram raio-X dos membros, tórax, coluna e pescoço e graças à Deus (e uma ótima genética - ninguém quebra ossos na minha família) não tinha nada quebrado.
Fui para a observação com soro cheio de remédios pra dor e náusea e fiquei lá até o fim da tarde. A enfermeira que cuidou de mim lá era uma querida (infelizmente não lembro o nome dela pq foram muitos remédios).
Meu marido ficou comigo o tempo todo cuidando de mim e no fim da tarde recebi alta com receita de um anti-inflamatório, um remédio bem potente pra dor e um colar cervical pra usar nos próximos 3 dias (tipo uma chocker branca zero glamour e acolchoada pro pescoço ficar retinho).
Se continuar a ter dor de cabeça e enjôos amanhã devo voltar pra fazer mais exames.
Cheguei em casa mancando, morrendo de dor na coluna (especialmente na minha lombar já machucada pela hérnia de disco), no pescoço e com dor de cabeça, mas muito, muito grata por não ter acontecido algo horrível.
Ao mesmo tempo que foi "muito azar" aquele portão descer e bater com toda força na minha cabeça eu tive uma "sorte danada" em não ter me ferido seriamente.
Prefiro pensar no copo meio cheio que vazio.
Quando eu e meu marido estávamos voltando (deixei meu carro lá na garagem da empresa pois não posso dirigir até amanhã) eu até chorei um pouquinho pois já estou sofrendo muito com a dor na coluna há meses e qualquer coisa que me machuque mais as costas parece uma PUTA sacanagem do destino.
Mas logo depois fiquei feliz de ver que estou mancando hoje mas todos os dedos dos pés mexem e nem sequer precisei ficar internada no hospital.
Melhor a gente ver os "azares da vida" como "grandes sortes" que nos acontecem de uma maneira meio torta, como se fosse um aviso da vida: aproveita as belezas e maravilhas do agora, pois a gente nunca, nunca mesmo sabe do dia de amanhã.
Ortorexia: quando a obsessão pela comida saudável vira doença
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comportamento
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psicologia

Para a vida mais saudável que tal fazer as pazes com a comida?
Todos os modismos com a alimentação tem aumentado os casos de ortorexia no Brasil e no mundo.
A ortorexia, junção das palavras gregas “orexsis” (apetite) e “orthós” (correto) é a obsessão pela pureza do que se come, onde a pessoal pode restringir grupos inteiros de alimentos sem que exista uma causa médica para tal.
Embora ainda não faça parte da lista oficial de transtornos alimentares, para o ortoréxico, não seguir uma dieta regrada é sinônimo de pouca ou nenhuma força de vontade e uma vergonha - ele leva suas refeições prontas para eventos sociais ou simplesmente não se alimenta fora de casa.
A alimentação passa a ter papel central na vida da pessoa (que muitas vezes também apresenta a vigorexia - quando há obsessão pelos exercícios físicos) e em geral o fato de a sociedade classificar o comportamento como "saudável". "exemplo a ser seguido", "uma inspiração", estimula ainda mais a restrição alimentar de quem leva a alimentação saudável à um extremo que nada tem a ver com saúde.
O problema não comer de forma saudável, obviamente, mas entender que comida não apenas feita de nutrientes e calorias. Todo o comportamento compulsivo, seja de comer junk food regularmente ou se alimentar só com comidas sem glúten, sem lactose, sem gorduras, etc sem razão médica (como doença celíaca) é ir aos dois extremos do que seria bom para a saúde física e mental.
A comida sempre foi uma forma de reunir nós seres humanos em momentos de celebração e comer um bolo com amigos jamais será o mesmo que dividir uma tigela de brócolis.
Não devemos comer bolo com recheio de brigadeiro todo santo dia, mas de vez em quando ele pode alimentar a alma. A não ser quer você tenha MESMO alergia ao leite ou ao glúten um pedaço de bolo não vai matar você.
Coma sua fatia de bolo. Dieta restritiva não pode ser saudável.
Por que fazer psicoterapia?
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comportamento
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psicologia

Você já fez psicoterapia?
Nossas dificuldades e tristezas são como os dias cinzentos: temos vontade de ficar cada vez mais recolhidos e muitas vezes nos isolamos. Dias cinzentos acontecem na vida de todo mundo, mas muitas pessoas simplesmente só procuram ajuda quando o caos já se instalou.
Pode ser que você se pegue escutando velhas músicas que lembrem tempos mais felizes, talvez você chore a noite, sozinha e que pela manhã capriche no seu sorriso mais profissional com seu batom preferido, talvez você finja que está tudo bem quando seu coração está em pedacinhos.Mas se aquela névoa está lá, é melhor encarar estes dias cinzentos como parte da vida. Fugir de nada adianta, pensar naquilo que você gostaria que tivesse sido mas não foi, tampouco ajuda.
Ficar triste não é escolher sofrer, é entender que os dias cinzentos existem para todos: bonitos e feios, velhos e jovens, ricos e pobres.
Se permitir estar triste também faz parte da tal felicidade: é um momento natural e necessário este de introspecção e de quietude.
Para brilhar de novo é preciso tirar o pó: arejar as ideias, lavar a alma com lágrimas que você tem sufocado, se recolher e, aos poucos, deixar o sol entrar.
Fazer psicoterapia, ou terapia, como todo mundo fala, é uma ótima ideia: procurar um bom psicoterapeuta pode lhe ajudar a entender o porquê de você estar assim e como você pode lidar melhor com o que deixa seus "dias cinzentos", ajudando a você se reequilibrar.
Quando o nosso dente dói, procuramos um dentista e ninguém fica com pudor de dizer que foi tratar os dentes.
Já quando a "alma" dói muita gente tem vergonha de procurar um psicoterapeuta.
As pessoas arrumam desculpas e dizem que "não precisam", "não adianta nada", "é besteira", "conversar com um amigo é a mesma coisa", ou então o pior dos preconceitos: "fazer terapia é pra maluco ou drogado".
Não tenha vergonha de fazer terapia, na verdade seria ótimo se todo mundo fizesse de vez em quando, para que os dias cinzentos não se instalem e virem uma tempestade.
Cuide de você: não só seus cabelos, sua pele, seu corpo, suas roupas - cuide também da sua cabeça, para que você possa perceber a pessoa incrível que você é: mesmo que o mundo diga o contrário ou tudo que você veja hoje seja uma névoa cinzenta.
Sinta-se abraçada com muito carinho por uma psicóloga que já fez muita terapia (como psicoterapeuta e paciente) e sabe a diferença que isto faz na vida de alguém.
Se ame, se cuide!
Dica da Dra Fernanda: Você tem medo de dentista?
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Dica da Dra Fernanda
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Pinças, brocas, alicates, seringas, agulhas, luzes fortes e líquidos de sabor ruim. À primeira vista, tudo isso assusta, assim ir ao dentista pode gerar um grande desconforto e para algumas pessoas é uma verdadeira fobia. E pode estar ligada a outras fobias, como o medo de agulhas, de médicos, da dor e outros.
O medo de dentista é antigo, os primeiros relatos vêm da Idade Média, quando o povo temia os “tiradentes”. Com o passar do tempo, a evolução da ciência e tecnologia diminuiu a dor e aumentou a importância de uma relação de delicadeza e confiança com os pacientes.
De acordo com o psicólogo e dentista alemão Hermann Strobel, a boca é a via principal de acesso ao interior do organismo e ocupa um espaço relevante no imaginário das pessoas. Para demonstrar a relação entre os dentes e alguns tipos de comportamento, Strobel evidencia algumas expressões, como “agarrar com unhas e dentes” significa não desistir facilmente; “dar com a língua nos dentes” é falar mais do que devia; “mostrar os dentes” demonstra agressividade; “olho por olho, dente por dente” se refere a pagar com a mesma moeda o mal sofrido.
Omne Bonum (uma enciclopédia manuscrita do século XIV), de James le Palmer, cuja ilustração mostra uma "miniatura em uma inicial 'D' com uma cena representando dentes (“ dentes ”). Um dentista com fórceps de prata e um colar de dentes grandes, extraindo o dente de um homem sentado. ”, Londres, Inglaterra c. 1360-1375
Imagem: Wikimedia Commons , Public Domain
A percepção diferente da importância da área orofacial em relação a outras áreas do corpo ocorre devido ao córtex cerebral transmitir representação superdimensionada, na prática quer dizer que somos muito sensíveis aos estímulos nessa região. Qualquer pequeno corte na língua ou gengiva parece imenso - um cabelo na boca sempre é muito mais incômodo do que se sobre a mão ou braço.
A odontofobia pode ter várias origens que abrangem desde traumas infantis até aversão após um tratamento longo. Para cada causa existe uma forma de abordagem diferente pelo cirurgião dentista e, em todas elas, deve-se proporcionar total atenção e apoio ao paciente, sem banalizar o desconforto que ele sinta nestas situações.
O medo de dentistas pode resultar de experiências negativas, diretas ou indiretas. Um fator importante é que o tratamento dentário muitas vezes envolve procedimentos que necessitam de anestesia local (uso de seringa e agulha). Outro motivo, é a antipatia com o profissional ou experiências passadas. Existe também a influência de desenhos animados, livros, programas de TV e filmes que mostram a odontologia de forma negativa. Em alguns casos, o estímulo geral pode gerar esse medo como um ambiente de consultório envolvendo jalecos brancos, cheiros, sons desagradáveis (barulho do motorzinho de dentista), brocas, substâncias antissépticas e luzes brilhantes do teto. Além disso, a sensação de impotência e perda do controle do paciente, de estar sob uma luz forte com a boca aberta sem poder falar, com uma broca e um sugador na boca, durante um procedimento pode naturalmente levar ao medo.
Na odontopediatria é muito comum a demonstração do medo frente ao ambiente desconhecido (cadeira odontológica, barulho, gosto diferente e instrumentos estranhos), assim é muito importante que o profissional apresente as novidades de forma atrativa e tranquila, para que a criança possa sentir-se segura e confiar no tratamento. Além disso, os próprios pais/ responsáveis podem transmitir esse sentimento, relatando situações em que sentiram dor ou se submeteram a anestesia ou até mesmo influenciando o comportamento da criança, por exemplo avisando que “se chorar o dentista vai dar injeção”.
É importante o dentista sempre entender o paciente e ficar atento a qualquer sinalização de dor para formar um bom condicionamento ao tratamento odontológico.
Existem vários sintomas mentais e físicos como choro, grito, transpiração excessiva, aumento ou queda repentina da pressão arterial, taquicardia, palidez, desmaio, náuseas e até mesmo ataque de pânico. A prevenção é o sintoma mais comum que faz com que a pessoa evite ir ao dentista por longos períodos levando a maiores complicações e, consequentemente, a um tratamento mais difícil e caro no que se refere a saúde bucal e também a saúde geral. Esse sintoma pode até mesmo gerar um ciclo vicioso, pois o paciente sabe disso mas por conta do medo acaba não procurando ajuda e o quadro piora cada vez mais.
Além disso, existe o prejuízo social causado por esse desleixo com própria saúde levando a maior dificuldade para conseguir um emprego, manter um relacionamento, fazer amizades. O indivíduo acaba se tornando socialmente deprimido e isolado.
Algumas atitudes ajudam a superar o medo, tudo começa na chegada ao consultório com uma sala de espera confortável e que tranquiliza o paciente que aguarda atendimento, este deve ser dentro das necessidades procuradas pelo paciente levando ao sentimento de confiança no profissional e na sua qualificação, a liberdade para esclarecimento de dúvidas e explicação de procedimentos odontológicos realizados o que transmite maior segurança, e por fim, o diálogo franco entre paciente e dentista como base do tratamento.
O paciente por sua vez pode vencer a fobia com algumas medidas, como identificar o que provoca mais incômodo no tratamento (injeção, cheiro de consultório, sentir dor mesmo com anestesia) para diminuir a sensação de medo, marcar consultas com horários maiores sem pressa e não consumir alimentos ou bebidas excitantes (café, chá-mate, refrigerantes) na noite anterior para dormir bem. Também é importante lembrar que as consultas de rotina recomendadas 2 vezes ao ano somadas a higiene bucal correta e uso do fio dental reduzem a necessidade de intervenções mais invasivas e, portanto, mais temíveis.
A criança deve ir ao dentista desde cedo e retornar para acompanhamento a cada seis meses, dessa forma há a familiarização com o consultório dentário e se for preciso algum tratamento este será facilitado.
A psicologia também pode ajudar no tratamento da fobia, já que propicia ferramentas e recursos para aliviar a ansiedade do paciente juntamente com as medidas já citadas. O apoio de algum membro da família ou amigo também pode ajudar. A hipnoterapia também pode ser utilizada em caso de fobia, e podem ajudar o fóbico a chegar ao fundo do seu medo e reprogramar sua resposta a ele. Técnicas de relaxamento, como respiração profunda e meditação, praticadas antes e durante o tratamento também auxiliam a perder o medo de dentistas.
Se cuide! Não deixe o medo prejudicar sua saúde, procure ajuda.Texto escrito pela Dra. Fernanda Vieira Cirurgiã Dentista - CRO 14451
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