Garotas Modernas : #floripa Garotas Modernas : #floripa
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  • Dicas e curiosidades de Florianópolis

    na imagem acima, a ponte Hercílio Luz, em foto tirada pelo meu marido

    Florianópolis é um dos destinos mais procurados para as férias aqui no Brasil (Santa Catarina é o segundo Estado mais visitado pelos estrangeiros no país) e um daqueles lugares que as pessoas sonham em morar.
    Agora, em época de Copa do Mundo, está sendo invadida por turistas de todas as partes do mundo, especialmente australianos, além de outras nacionalidades (e brasileiros, é claro) que assistiram o jogo da Austrália X Holanda em Porto Alegre.
    Nasci e morei minha vida inteira na ilha e amo esta cidade linda e cheia de magia!
    Cerca de 97% da área de Florianópolis está na Ilha de Santa Catarina, onde, somadas às continentais, existem cerca de 100 praias... Difícil escolher a minha preferida, mas posso citar a praia da Armação, ainda bastante preservada, onde meus pais e irmãos tem casa de praia e onde passei todos os verões da minha infância e adolescência.
    Na época da chegada dos exploradores europeus os habitantes da região eram os índios carijós, de origem tupi-guarani, mas a ilha foi habitada por outras populações em tempos mais remotos: existem muitas inscrições rupestres e outros indícios de presença do chamado Homem de Sambaqui, cujos registros mais antigos datam de 4800 a.C..
    Florianópolis já teve vários nomes: Meiembipe ("montanha ao longo do mar") pela língua dos índios Carijós, foi batizada de Ilha de Santa Catarina por Francisco Dias Velho, ao se tornar vila foi chamada de Nossa Senhora do Desterro (e depois município de Desterro, com a Proclamação da República), nome que desagradava os moradores pois este termo lembrava "desterrado" ou seja, exilado, sem terra.
    Com o fim da Revolução Federalista, em 1894, em homenagem ao então presidente da República Floriano Peixoto, o nome da cidade foi trocado para Florianópolis (o que desagrada muitas pessoas até hoje, pois Floriano Peixoto era bastante impopular). O apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida, vem daí.
    O cartão-postal da "Ilha da Magia", como Floripa também é carinhosamente chamada por causa das lendas de bruxas que fazem parte da cultura popular do ilhéu, é a famosa Ponte Hercílio Luz (inaugurada em 1926), primeira ligação rodoviária entre a ilha e o continente.
    É difícil falar de um lugar pelo qual tenho tanto carinho e onde há tanto para se ver e fazer, especialmente os programas ligados à natureza, mas destaco aqui alguns programas imperdíveis na ilha:

    Nas praias do Leste da Ilha:
     ver e fotografar a paisagem do mirante da Lagoa da Conceição e para as mais destemidas, fazer um vôo duplo de parapente ou asa delta, a partir do Morro da Lagoa
     fazer um passeio de barco até a Costa da Lagoa (os barcos saem da ponte da Lagoa da Conceição) e almoçar um peixe delicioso por lá (ou a "sequência de camarão", como é chamado uma espécie de rodízio super farto do crustáceo)
     ver as dunas da Joaquina de pertinho, se aventurar no sandboard (uma espécie de prancha para descer as dunas) e depois ir admirar o movimento dos surfistas nas praias da Joaquina e Mole
     tomar café no "centrinho da Lagoa", que fica na Lagoa da Conceição, depois de descer o morro e antes de chegar na pequena ponte, um local com lojas, cafés e muita gente bonita
    Nas praias do Norte da Ilha:
     ver e ser visto em Jurerê Internacional, onde há bares na beira da praia onde você pode beber champanhe em confortáveis lounges (apesar de este já ser um programa que não gosto tanto, pois acho que elitizou demais algo que deveria ir no movimento oposto - praia pra mim precisa ser mais democrática)
     comer ostras (ou outros frutos do mar) no romântico lugarejo chamado Santo Antônio de Lisboa, com uma belíssima vista do mar e da Ponte Hercílio Luz, lugar perfeito para acompanhar o pôr do sol
     ver as inscrições rupestres no Costão do Santinho (e quem quiser também pode jogar golfe por lá e se hospedar no melhor Resort do Brasil, o Costão do Santinho)
     visitar e fotografar a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, que fica ao lado de Jurerê, cuja construção começou em 1740
    Nas praias do Sul da Ilha:
     visitar a praia da Armação do Pântano do Sul, uma das mais lindas da ilha, cuja  vista que se tem a partir do Convento do Morro das Pedras é deslumbrante
     passear na Lagoa do Peri, que tem um parque ecológico e inúmeras trilhas bacanas
     conhecer a praia do Campeche, em especial a parte chamada de "Riozinho", eleita como a nova Joaquina por ser uma das preferidas pelos surfistas
     se o tempo estiver bom, fazer um passeio até a Ilha do Campeche (os barcos saem da praia da Armação), que tem águas azuis quase caribenhas, areia branca e inscrições rupestres nas pedras
    No centro da cidade:
     caminhar no fim de tarde na Beiramar Norte, avenida onde as pessoas vão se exercitar, passear com cachorros e paquerar
     conhecer o centro histórico, comer frutos do mar no Mercado Público e aproveitar para, na Praça XV de Novembro, dar 3 voltas em torno da figueira centenária que ali existe (dizem que faz a pessoa conseguir um amor)
     subir o Morro da Cruz para ver a vista da cidade
     tirar muitas fotos na Ponte Hercílio Luz, especialmente no fim da tarde, onde você verá o sol se por na Baía Norte
    Divirta-se!

    O dia em que andei de ambulância


    Quando acontece algo ruim e inesperado na sua vida, mas o desfecho não é horrível, você se sente sortuda ou azarada? Acha que "a vida está te sacaneando" ou que "ainda bem que não foi pior"?
    Ontem aconteceu algo completamente imprevisível, que mudou meu dia e me levou a pensar justamente nesta questão. 
    Vou contar porque eu fiz stories do Hospital da Unimed Florianópolis e como fui parar lá numa tarde comum de terça-feira onde tinha vários compromissos fora de casa. 
    Sofri um acidente no início da tarde, por volta das 14 hs e precisei ser socorrida por uma ambulância e ir para o hospital.
    O portão de aço da garagem do prédio onde fica a empresa do meu marido caiu em cima da minha cabeça na hora que eu estava passando à pé, cai no chão e rolei rampa abaixo. 
    Fui deixar meu carro na empresa dele e pegar um Uber pra fazer um ultrassom de rotina na Clínica Imagem (onde é muito ruim e caro pra estacionar), meu marido abriu o portão para eu sair pois o carro do Uber tinha chego e um motoqueiro que estava passando apertou o controle pra baixar o portão e ele bateu no alto da minha cabeça, num impacto muito, muito forte, cai e sai rolando rampa abaixo.
    Não sei como não me quebrei toda. Ainda bem que estava de jeans senão estaria cheia de escoriações e que meu marido me socorreu imediatamente pois viu o acidente. 
    Cheguei a perder a consciência durante alguns segundos pois só lembro de pensar: alguma coisa muito, muito pesada caiu em cima de mim (não vi que era o portão pois estava de cabeça baixa conferindo a placa do Uber) e quando me dei conta meu marido já estava do meu lado me acudindo.
    Não lembro direito o que aconteceu e fiquei com muita confusão mental nas primeiras duas horas. 
    Fiquei deitada no chão da rampa da garagem, que é subterrânea, não sei por quanto tempo mas os profissionais da ambulância da Unimed foram muito atenciosos e cuidaram pra que eu fosse devidamente imobilizada pq estava com muita dor na cabeça, costas (imagina minha hérnia de disco depois da pancada), pescoço e lado esquerdo do corpo, lado para o qual caí.
    Fomos de ambulância com sirene ligada e tudo para o Hospital da Unimed, que fica bem longe, fora da ilha.
    Lá no Hospital da Unimed fizeram raio-X dos membros, tórax, coluna e pescoço e graças à Deus (e uma ótima genética - ninguém quebra ossos na minha família) não tinha nada quebrado. 
    Fui para a observação com soro cheio de remédios pra dor e náusea e fiquei lá até o fim da tarde. A enfermeira que cuidou de mim lá era uma querida (infelizmente não lembro o nome dela pq foram muitos remédios).
    Meu marido ficou comigo o tempo todo cuidando de mim e no fim da tarde recebi alta com receita de um anti-inflamatório, um remédio bem potente pra dor e um colar cervical pra usar nos próximos 3 dias (tipo uma chocker branca zero glamour e acolchoada pro pescoço ficar retinho).
    Se continuar a ter dor de cabeça e enjôos amanhã devo voltar pra fazer mais exames. 
    Cheguei em casa mancando, morrendo de dor na coluna (especialmente na minha lombar já machucada pela hérnia de disco), no pescoço e com dor de cabeça, mas muito, muito grata por não ter acontecido algo horrível.
    Ao mesmo tempo que foi "muito azar" aquele portão descer e bater com toda força na minha cabeça eu tive uma "sorte danada" em não ter me ferido seriamente.
    Prefiro pensar no copo meio cheio que vazio. 
    Quando eu e meu marido estávamos voltando (deixei meu carro lá na garagem da empresa pois não posso dirigir até amanhã) eu até chorei um pouquinho pois já estou sofrendo muito com a dor na coluna há meses e qualquer coisa que me machuque mais as costas parece uma PUTA sacanagem do destino. 
    Mas logo depois fiquei feliz de ver que estou mancando hoje mas todos os dedos dos pés mexem e nem sequer precisei ficar internada no hospital. 
    Melhor a gente ver os "azares da vida" como "grandes sortes" que nos acontecem de uma maneira meio torta, como se fosse um aviso da vida: aproveita as belezas e maravilhas do agora, pois a gente nunca, nunca mesmo sabe do dia de amanhã.