Uma reflexão: o caso do Instituto Royal e os animais - Garotas Modernas Garotas Modernas : Uma reflexão: o caso do Instituto Royal e os animais

Uma reflexão: o caso do Instituto Royal e os animais


TeigheThorsenPETAPoster1 (1)“Se você não quer sangue em suas mãos, por que você colocaria em sua face? Pelo fim dos testes em animais”

Começo este post dizendo que ele é repleto de questionamentos e reflexões pessoais, até mesmo confuso. Sou leiga no assunto, apesar de estar “por dentro” dele há anos mas, como não sou formada na área, obviamente não posso afirmar nem condenar nada de cunho científico, apenas citar fontes que considero confiáveis.

Desde a última quinta-feira de madrugada, quando o caso “Instituto Royal” caiu na rede, eu venho apoiando as manifestações e ações dos ativistas, pelo simples fato de que os animais sofrem e não suporto a ideia de vê-los torturados, seja pela finalidade que for. Mas essa sou eu. Tem gente que vê o animal (o humano também) como um instrumento de pesquisa, como mercadoria, como comida, como um produto a ser explorado e isso se dá por vários fatores: desde espiritual, de necessidade ao cultural. O tema é extenso e pesado demais, mas vou colocá-lo aqui, de maneira simplista e leiga, o meu ponto de vista.

Sou daquelas que não mato uma aranha, acho lindo o trabalho delas, mas chega uma hora que a minha casa parece da família Adams e passo a vassoura nas teias e lamento por isso. Adoro ver as formiguinhas carregando folhinhas, cuidadosamente, pra construir seu formigueiro (quem aí já viu o filme Formiguinhaz?), mas passo repelente natural pelo quintal pra evitá-las. Eu sou idiota por isso? Pode ser. Mas como ser humano, não me sinto mais nem menos que nada na natureza. Evito matar animais, repelindo-os. Mas mato uma pulga se encontro nos meus cães. Mato um mosquito que está me mordendo. E por aí vai...

O que eu quero dizer com essas amenidades é que não posso ser hipócrita nesta questão; nem ser oito, nem oitenta. Trato os meus, domésticos, como filhos; procuro não prejudicar nenhum, mas o simples fato de existir, já me faz matar vários animais. Mas isso não me dá o direito de decidir entre a vida e a morte deles, ou pior, de torturá-los. Bom, o poder e até o direito eu tenho, mas será que é “certo”? Até que ponto? Tenho muitas e muitas dúvidas. Mas também tenho várias certezas. E você também deve ter as suas.

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Tenho certeza que não quero comprar e usar um batom, por exemplo, que, para ser elaborado com extrato-de-sei-lá-o-quê, para minha boca ficar linda e ele durar 24h, teve que matar milhares de coelhos, ratos ou qualquer animal que seja. Não, obrigada. Para um cabelo lindo e sedoso, não quero a morte de milhares de animais aqui. Não quero vários macacos morrendo de câncer pra gente saber quanto tempo se pode fumar “seguramente”. Nem quero saber quanto tempo leva-se pra morrer se eu ficar pingando detergente no meu olho até formar um tumor. Eu não vou fazer isso. Minha roupa branquinha não vale a vida de UM cão, muito menos de milhares. Essas coisas “menores”, pra mim, não tem discussão. É como usar pele de animal, é pura vaidade. Quanto aos remédios, doenças etc, não tenho como julgar. Só sei que se eu fosse cientista, mesmo se estivesse pra descobrir a cura de qualquer doença, EU não teria coragem de fazê-lo torturando um animal, dia após dia. Há cientistas que dizem que não é possível fazê-lo sem estes testes direto em animais não-humanos. Outros dizem que a tecnologia já permite. Eu não sei como lidar com isso. Se os segundos estiverem certos, meu ódio eterno para os primeiros. Mas se não, como julgar alguém que escolhe a cura de alguma doença humana acima de qualquer sofrimento animal? Se bem que eu tenho um pensamento de que as doenças estão aí, brotando continuamente (assim como as pragas na idade média), para dar uma equilibrada em um planeta lotado (e, consequentemente, de animais de corte) – até alguém que eu ame ficar doente e eu perguntar continuamente o porquê. 

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Aí surgem várias questões, como a de comer carne, por exemplo. Quem come carne e defende, normalmente aponta estudos que dizem que a carne é fundamental pro ser humano, que vai ficar desnutrido se não comer. E quem  não come, mostra todas alternativas para isso não acontecer, até citando atletas de alto nível veganos. E apontam estudos: uns contras outros a favor, todos “científicos”. O mesmo vai acontecer nesse caso dos cosméticos e farmacêutica. Só que eu gosto sempre de dizer pras pessoas: só o fato de você diminuir, SE você se importa com os animais, SE você se importa com o planeta, já faz diferença, tanto num caso como no outro. EU escolho não usar. Tem pessoas que não comem nenhum alimento de origem animal, não só a carne. Outras optam por comer animais criados livres, pelo fato de terem uma vida pré-morte, diferente dos confinados, que são torturados, assim como os pobres beagles (ou pior). Sim, eu sei que a parte irracional do humano, que se solidariza com o animal doméstico, igualzinho ao que temos em casa, que fez esse caso vir à tona. Afinal, a gente imagina os nossos no lugar deles, sendo cortados a frio, sem qualquer carinho e atenção, vivendo em ambientes estéreis e totalmente fora do contexto pra eles. Isso é importante, é pensar no outro, além do seu umbigo, mesmo que o outro seja um animal não-humano. Que levemos isso pra vida então! Diminuindo aos poucos o consumo desses produtos e cortando geral pra quem consegue (o que é praticamente impossível hoje em dia).

Eu costumo dizer, não faz muito tempo que os ditos “humanos” consideravam os negros sem alma e faziam o que quisessem deles. E antes deles, os pobres. E ainda hoje o fazem com qualquer ser humano que considerem abaixo de sua linha de dignidade, menos explicitamente. Mas isso mudou, não em todo lugar. Mas vem mudando, junto com o respeito aos nosso irmãos não-humanos. Já dizia Gandhi: A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados”.


chitrangda-singh_alien_joker300“E se alienígenas (supostamente mais evoluídos) testassem em humanos?”

Tá complicado, né? Eu mesmo tô confusa com meus pensamentos e peço a vocês que contribuam dizendo o que vocês acham sobre isso tudo. Talvez alguém tenha todas as respostas na ponta da língua pra todas essas questões. Talvez vocês se identifiquem com meus pensamentos. Mas uma coisa eu sei: eu sempre procurei comprar produtos que não testam em animais, desde que morei nos EUA, onde as embalagens eram bem claras quanto à isto. Eu acho que, mesmo fazendo pouco, boicotando essas marcas, ao menos, já estamos fazendo algo. Nunca pense que você não faz diferença. Junto fazemos. E UMA vida que você salva, é um MUNDO TODO salvo.

E digo mais, agora com um cunho político: estou achando lindo o nosso país se movimento por interesses em comum, graças à internet. Estamos ganhando força desde #ogiganteacordou. E a cada movimentação popular desde porte, fico feliz em ver o povo se juntando pra tornar nosso país um pouco melhor e fazer os políticos e grandes empresas pensarem duas vezes antes de achar que somos um bando de trouxas, que não iremos fazer nada. Isso é lindo! Várias manifestações contra outros institutos e universidades estão sendo organizadas por quem acredita que pode e deve mudar essa cena. Procure a da sua cidade. E tem todo meu apoio.

Veja AQUI as empresas que testam ou não em animais (ou google it). Imprima e leve com você. Você tem opção!

Enfim, acabo por aqui, me desculpando, mais uma vez, pela confusão de pensamentos, mas com a certeza de que nenhuma animal deve sofrer, pelo menos, por questões de vaidade. Alguém mais pensa assim aí?


dbe8d_aact“Isso não dói nada...”
Imagens: PETA e AACT


“Não há diferença fundamental entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais(...)
Os animais, como o homem, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.”
Charles Darwin

10 comentários:

  1. Mari, esse teu post lavou a minha alma! Como sabes, meu amor aos animais direciona a minha vida. Além de ter optado por não ter filhos, trato meus cães como filhos, pois é assim que os vejo. Fui vegetariana por 7 anos e voltei a comer frango por problemas de saúde mesmo. Minha vida profissional é dedicada a reabilitar animais silvestres vítimas de tráfico e reintroduzi-los na natureza e para isso nosso grupo enfrenta caçadores e traficantes de animais. E todas trabalhamos voluntariamente, ou seja, sem salário. Só que sou uma cientista, estudo zootecnia (exatamente por acreditar que nunca deixaremos de comer carne e com a população crescendo, aumenta a demanda por alimento) para amenizar e melhorar o bem estar dos animais de produção e sou pesquisadora (na área de reabilitação, o máximo que faço em laboratório é analisar carrapatos, fezes e vermes). Assim como tu não mato aranhas, lagartixas, formigas, abelhas só peço pro meu marido matar baratas pois tenho realmente pavor delas. Digo que teu post lavou minha alma pois tenho me confrontado com tanto radicalismo e com tantas agressões verbais que me recolhi. E ler teu post, admitindo que o assunto é polêmico, que há dúvidas e que a verdade não é uma só é um alento. Tu me conheces, me partiu o coração ver aqueles beagles naquela situação (só não entendo porque não levaram os ratinhos, outra das minhas paixões - tenho vários em casa). Mas a realidade é que temos que deixar a hipocrisia de lado. Há 1 mês fiz um trabalho de biotecnologia exatamente sobre as alternativas aos testes em animais e pesquisei muito. Vários testes já não necessitam de animais, mas vários não há como substituir. Se estivéssemos falando só de cosméticos seria fácil. Eu mesmo abriria mão de qq coisa para não torturar mais nenhum animal. Até de medicamentos eu teria dúvidas, também acho que as vezes a seleção natural é fundamental. Mas estamos falando de coisas como alimentação. Sim, os agrotóxicos usados na lavoura é todo testado em animais. Na realidade, somente gostaria que houvesse um debate civilizado sobre isso. Não só opiniões baseadas no achômetro, mas um debate realista. Qual a solução para isso? Até a tinta da nossa impressora é testada em animais. Se formos pesquisar veremos testes que nem imaginamos. O que fazer? Não adianta nada os ativistas invadirem laboratórios sem que haja uma mudança de atitude da própria população. Isso é tratar a consequência. Precisamos tratar a causa. E isso começa dentro da nossa casa. Precisamos mudar alguns hábitos, controlar impulsos consumistas, precisamos pesquisar sobre o assunto e juntos, como sociedade, achar uma solução. Exigir do governo punição exemplar para pesquisadores e laboratórios que abusam e expõe animais a crueldades (tem muitos que agem sem compaixão, mas isso em todas as profissões). Talvez criar um comitê de ética, composto por profissionais especializados e por protetores não radicais para fiscalizar esses laboratórios. A verdade é que os testes não vão parar. Sempre haverá uma doença nova para pesquisar. Então temos que achar uma outra solução. Esse é o tom que direcionou as conversas na universidade esta semana. E a pergunta ficou no ar: O que fazer? Adoraria ver um debate sadio, sem radicalismo, sem sentimentalismo, entre cientistas, protetores e legisladores buscando uma solução que beneficiasse aqueles que realmente são vítimas, os animais. Desculpe o comentário tão longo, me deixei levar.

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  2. Depois de dizer lá no instagram que não li seu texto, vim dar uma espiadinha. Sim Mari, nós podemos ter dúvidas, porque somos leigas, mas aí temos cientistas de verdade, respeitáveis, com embasamento, que nos dizem que tais testes não são necessários, nem para medicamentos, e pior, podem ser não apenas inúteis como também prejudiciais. Cabe aqui um trechinho do artigo "Modelo Animal" que você confere no site www.olharanimal.net. "Ratos não são seres humanos em miniatura. Drogas aplicadas em ratos não nos dão indícios do que acontecerá quando seres humanos consumirem essas mesmas drogas. Há algumas semelhanças no funcionamento dos sistemas de ratos e homens, é claro, somos todos mamíferos, mas essas semelhanças são paralelos. Não se pode ignorar as diferenças, as muitas variáveis que tornam cada espécie única. Essas diferenças, por menores que pareçam, são tão significativas que por vezes produzem resultados antagônicos.
    Testes realizados em ratos não servem tampouco para avaliar os efeitos de drogas em camundongos. Isso porque apesar de aparente semelhança, ambas as espécies possuem vias metabólicas bastante diferentes. Diferenças metabólicas não são difíceis de encontrar nem mesmo dentro de uma mesma espécie, admite-se que as drogas presentes no mercado são efetivas apenas para 30-50% da população humana. (...)Centenas de drogas testadas e aprovadas em animais foram colocadas no mercado para uso por seres humanos e precisaram ser recolhidas poucos meses após, por haverem sido identificados efeitos adversos à população. Se as pesquisas com animais realmente pudessem prever os efeitos de drogas a seres humanos, esses eventos não teriam ocorrido. Dessa forma, pode-se inferir que a pesquisa que utiliza animais como modelo não só não beneficia seres humanos, como também potencialmente os prejudica."
    Vale conferir também o texto "O debate sobre a moralidade da experimentação animal"
    Talvez eu seja mesmo "radical", mas concordo que acreditar que podemos testar em animais não humanos porque eles são inferiores e nós superiores não passa de especismo. E não acho que possa existir algo 'saudável' num debate sobre como explorar outras criaturas, embora eu precise admitir que isso deve ser algo muito difícil de ser aceito por 95% da população.
    Enfim, desculpe também por me estender nos comentários. =/
    Mas realmente, esse é um assunto que me tira um pouco do prumo.

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  3. Concordo com a Luana! E acrescento, essa pseudo superioridade humana me enoja! Não é porque atualmente é normal e/ou legal,que é natural e/ou ético. Escravizar pessoas somente por causa da cor da pele já foi normal/legal, exterminar milhares de pessoas por conta da religião já foi normal/legal... Aonde vamos parar com essa arrogância?... penso estarmos nesse mundo para evoluir, mas como posso fazê-lo sabendo que o rímel que uso pode ter sido o responsável pela tortura de inúmeros animais?!

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  4. Mari, Sou Bióloga, ex vegetariana (e só voltei a comer carne por problemas de saúde), e tenho uma relação de amor com os animais que muitas vezes supera o que sinto por alguns humanos. Acho importante traçar um perfil pessoal para que eu me faça entender melhor. Sou completamente a favor da abolição do uso de animais de qualquer grupo biológico em experimentos. Mas tenho conhecimento do quão utópico é isso. Quero deixar aqui alguns questionamentos....
    Esse caso da royal teria repercutido se os experimentos fossem realizados apenas em ratos? (Creio que não). E por que, nós humanos, vemos os ratos como animais desprezíveis e "descartáveis"?
    A empresa não está agindo conforme e lei? (Até onde eu sei está!)
    O ponto que eu quero chegar... é que a população toma partido das coisas e não busca se informar do que de fato está acontecendo.
    Não seria o caso de lutar por mudanças na legislação, no lugar de invadir uma empresa privada, e liberar animais sem pensar nos riscos que estes animais e a população estarão enfrentando?
    As pessoas lutam pelo direito dos animais, mas utilizam dos avanços científicos gerados pelos experimentos neles.
    Além disso todos querem morar na melhor casa, ter o melhor carro e o melhor Iphone, mas não pensam no lixo que se produz na produção e muito menos no descarte de tecnologias "ultrapassadas". Acho importante essa discussão, pela reflexão que ela é capaz de gerar, pois é uma grande hipocrisia pensar apenas nos direitos dos animais, sem repensar na importância da manutenção da saúde do ambiente deles e do nosso.

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  5. Mari, vi no instagram que você iria fazer um comentário sobre esse caso e vim aqui conferir. Olha, respeito todas as opiniões dadas e, como alguém disse ali em cima, acho que discussões válidas entre cientistas, protetores e legisladores são a melhor maneira de buscarmos algum tipo de evolução, pena que é tão difícil. Pois bem, eu entendo bastante do mundo da pesquisa. Também resgato, protejo e salvo cães de rua frequentemente. Essa semana tem sido desgastante emocionalmente pois não é legal ler por aí que cientistas são monstros desalmados e torturadores de animais. Defendo o boicote às empresas de maquiagens/produtos de limpeza que ainda testam em animais - pq elas podem usar coisas que já estão no mercado e já foram testadas. Ninguém precisa de 50 tons de sombra ou de um X-14 que tira até a sujeira que nem existe ainda. Mas comparar isso ao avanço do tratamento de doenças é, no mínimo, ignorante (do verbo "ignorar" mesmo, não de burrice). Para esclarecer um pouco melhor, talvez, as pesquisas não visam tão apenas saber quanto tempo vai levar para vc desenvolver um tumor. Elas tentam, sim, entender as doenças, mas tentam principalmente achar meios de tratá-las. E isso não beneficia apenas humanos, não esqueçam disso. Quantos dos nossos vira-latas já precisaram de tratamentos, de quimioterapia? Já vi pela internet zilhões de pedidos de ajuda pra tratamento de tumores e tudo mais. Sem contar em doenças como alzheimer, parkinson, huntington, que assolam as pessoas e ainda não tem tratamento. É uma merda ainda ter que ser assim? Sim, é! Alternativas para esse uso são buscadas e utilizadas todos os dias? SIM, ELAS SÃO! Os 3 R's (replace, reduce e refine) são, sim, empregados na pesquisa atual. Sim, drogas já foram testadas em animais e depois deram errado em humanos, porque não somos perfeitos, porque cada um responde de maneira diferente a algo em seu organismo e isso aconteceria também se usássemos computadores pra simulação.
    Enfim, o assunto rende muito e acho que, provavelmente, estou sozinha nessa opinião, mas de qualquer maneira achei importante compartilhá-la.
    Admiro muito teu trabalho como protetora (e admiro teus acessórios também hehe), pelas opiniões que você expressa por aqui sei que você é inteligente e de personalidade forte, então só te peço (se puder) um pouco de cuidado ao compartilhar fotos que não condizem mais com a realidade atual (tipo esses coelhos, isso não se faz) e um pouco de compreensão ao julgar pessoas que você não conhece. Espero que tenhas me entendido e que eu não sofra nenhum atentado. :)

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Ufa... Que post hem, maravilhoso!
    Sou totalmente a favor da causa animal, concordo com tudo o que você falou.
    Se eu morasse lá perto iria fazer de tudo para ajudar esses cãozinhos...
    Parabéns pela iniciativa do post!!!

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  8. Olá Mari, tudo bem? Então, vou tentar explicar alguns pontos com meu comentário, acho que vou conseguir responder algumas perguntas e criar outras. Antes de mais nada, sou vegetariano (não vegano) e tenho uma enorme simpatia por todos os animais, inclusive as formigas, aranhas e tudo mais que você cita no texto. Mas mesmo assim, não posso deixar de concordar com os testes em animais. Eis as razões:
    - Primeiramente, você cita apenas os cosméticos no seu texto, mas praticamente tudo é testado em animais, tudo mesmo, desde a aspirina, até o shampoo, até o produto que você utiliza pra limpar o chão. Tudo que é desenvolvido em laboratório precisa, de alguma forma ser testado e a grandiosa maioria é feita em animais primeiro, para depois dar sequência aos demais testes, caso necessário.
    - Ainda é inviável o teste feito através da computação somente, por questões técnicas e lógicas no funcionamentos dos testes.
    - Os testes em seres humanos também são inviáveis pelas diferenças de linhagem. Exemplo, um tem diabetes, outro já pegou gripe, outro teve catapora, outro nasceu em um determinado clima, outro é de uma determinada raça, tudo isso nos modifica uns dos outros, tornando os resultados muitas vezes inconclusivos.
    Sei que é meio abusivo da nossa parte, frente aos outros animais, meio egoísta por parte do ser humano, mas não existe ainda uma alternativa viável aos testes em animais. Sinceramente eu gostaria muito que existisse e pudéssemos criar uma harmonia melhor com o resto dos animais, mas a ciência ainda não chegou lá. Enquanto isso não acontece, eu prefiro que seja um cachorro (ou um camundongo, ou um coelho) a sentir os efeitos colaterais do que quer que esteja sendo testado do que um próprio ser humano quando adquire o produto.
    Discuti esse tema com alguns amigos no facebook e cito lá alguns vídeos que uso como referência para criar essa minha opinião, vou deixar alguns links aqui:
    https://www.facebook.com/diegoblackhouse/posts/630609120323697
    https://www.facebook.com/nil.hcapple/posts/664841730216211
    Um grande abraço!

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  9. Pena nós temos dos animais fofos. Nunca vi nenhum ativista salvando um bando de ratos. E além do mais, apesar de existir a possibilidade de usar outros modelos que não animais, a realidade ainda não é essa.

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  10. Olá, Mari,
    A contraposição de ideias é saudável e eu aprecio quem se sente livre para dizer o que pensa. Depois de ler seu texto, deu vontade de me posicionar nessa discussão. A liberdade, no entanto, não significa fazer qualquer coisa que invada o direito dos outros. O Estado de Direito é, de fato, o que nos garante viver democraticamente. Os ativistas que utilizaram a força e roubaram bens do Instituto Royal, tiveram uma atitude autoritária, egoísta, criminosa e que desrespeitou a ordem democrática. Passaram por cima da liberdade de quem estava agindo de acordo com as regras estabelecidas. O tal instituto de pesquisa desenvolve pesquisas em modelo animal porque está legalmente habilitado para tal e, apesar das denúncias de maus tratos feitas pelos invasores, a perícia feita no local não verificou irregularidades. E se eu e mais meia dúzia (ou dezenas, centenas) de pessoas acharmos que manter cães como animais domésticos é escravidão, cárcere privado? Que essa cultura pet, além de ignorar princípios elementares de saneamento básico (xixi na rua é realmente nojento, insalubre e fedorento, além de deteriorar bens públicos e privados, afinal são dejetos ácidos. Cocô então...) ainda é só outra maneira de abusar do animal? E se, em nome dessa causa que eu e meus companheiros julgamos tão nobre resolvermos invadir residências para impor nossa vontade e quebrar o que for preciso e roubar os animais? Não, Mari. Sem entrar no mérito da questão, que concerne à real necessidade dos testes em modelo animal (ratos, macacos, cães, etc), defendo sempre a liberdade. E liberdade supõe regras, sem as quais ficaríamos a mercê das tiranias.

    Suzana Dallanhol

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