batons da coleção MAC X Giambattista Valli
Já havia falado aqui no GM em 2010 que o batom e outros produtos de beleza são itens de consumo à prova de recessão. Ao longo da história do século XX, observou-se que as mulheres compravam mais batons em tempos de declínio econômico.
Quando não se pode comprar uma roupa ou sapatos, um batom novo é uma maneira rápida e relativamente barata para se ter acesso a um pequeno luxo, é algo supérfluo que você pode comprar tanto nos tempos difíceis quanto nos bons.
Segundo Leonard Lauder, presidente emérito da empresa de cosméticos Estée Lauder, que cunhou o termo "índice batom" como sinônimo de aumento das vendas, "Estes pequenos luxos se tornam mais importantes durante os tempos mais difíceis. O maior aumento na venda de batons foi durante a década de 1930 durante a Grande Depressão." O termo surgiu em 2001, quando ele tentava entender o porquê das vendas de sua marca crescerem em plena queda econômica em virtude da queda das Torres Gêmeas.
Quando não se pode comprar uma roupa ou sapatos, um batom novo é uma maneira rápida e relativamente barata para se ter acesso a um pequeno luxo, é algo supérfluo que você pode comprar tanto nos tempos difíceis quanto nos bons.
Segundo Leonard Lauder, presidente emérito da empresa de cosméticos Estée Lauder, que cunhou o termo "índice batom" como sinônimo de aumento das vendas, "Estes pequenos luxos se tornam mais importantes durante os tempos mais difíceis. O maior aumento na venda de batons foi durante a década de 1930 durante a Grande Depressão." O termo surgiu em 2001, quando ele tentava entender o porquê das vendas de sua marca crescerem em plena queda econômica em virtude da queda das Torres Gêmeas.
Apesar de os cosméticos resistirem bravamente à crises econômicas, o Brasil tem mostrado uma redução das vendas em 2015, provavelmente impulsionado também pela alta de impostos que já fizeram os preços subirem.
Em entrevista à coluna Mercado Aberto, do jornal Folha de S. Paulo, João Carlos Basilio, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), informou que setor fechou o primeiro semestre de 2015 com queda de 1% nas vendas, sem descontar a inflação do período. "Desde 1992, quando o setor conseguiu redução da carga tributária e começou a crescer, isso [retração] nunca havia ocorrido", afirmou Basilio à Folha de S. Paulo.
A redução do poder de compra ocasionada pela instabilidade econômica do país, a crise hídrica que levou as pessoas a diminuir o tempo de banho (reduzindo também o consumo de produtos como sabonetes e shampoos) e o aumento na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são apontados pelo presidente da Abihpec como os motivos nesta baixa nas vendas.
A redução do poder de compra ocasionada pela instabilidade econômica do país, a crise hídrica que levou as pessoas a diminuir o tempo de banho (reduzindo também o consumo de produtos como sabonetes e shampoos) e o aumento na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são apontados pelo presidente da Abihpec como os motivos nesta baixa nas vendas.
Para o segundo semestre a expectativa é de resultados melhores, uma vez que em tempos de crise os consumidores devem buscar presentes mais baratos para o Natal.
Apesar de o Brasil ser o terceiro maior consumidor de produtos de higiene e beleza do mundo, o presidente do Grupo O Boticário, Artur Grynbaum disse em recente entrevista ao O Estadão que, apesar das indústrias da área serem menos afetadas em tempos de crise, a marca já sentiu a diminuição das vendas em 2015, afirmando que se em 2014 a empresa cresceu 16%, neste ano talvez o crescimento não passe dos 10%. Além disto ele comentou que a crise só deve ir embora em 2017, o que significa que as pessoas precisarão sim ter mais jogo de cintura para conseguir equilibrar as finanças.
escapismo
substantivo masculino
1. tendência para fugir à realidade ou à rotina, especialmente a coisas vivenciadas como desagradáveis, desviando a mente para outras ocupações ou entretenimentos.
Em relação aos produtos de higiene e beleza, especialmente a maquiagem tem a ver com outro comportamento típico de épocas difíceis: o escapismo. Livros de colorir, sereias, unicórnios e ... batons super coloridos dominaram a cena nos últimos meses, afinal se a realidade é dura, fugir dela acaba sendo uma maneira de auto preservação.
O Escapismo é a busca pela fuga da realidade e da rotina, evitando o que as pessoas consideram desagradável. É uma macrotendência de consumo que podemos ver não só na moda, mas também na literatura, no cinema e nas artes em geral, como uma espécie de válvula de escape em momentos de grandes crises. Uma macrotendência tem como característica sua grande longevidade: é uma tendência que pode durar 10 anos ou mais, um grande tema que evolui de forma constante.
O Escapismo apareceu de forma bastante clara na moda após a Segunda Guerra Mundial (quem lembra do New Look da Dior?) e também depois do 11 de Setembro, num reflexo aos momentos de crise. E com o panorama atual da política e economia do Brasil e das grandes potências européias, esta macrotendência persiste, como uma forma de as pessoas fugirem um pouco da dura realidade que as cerca. Ele se relaciona a tudo aquilo que remete ao romântico, a um passado bucólico, ao sonho, ao exótico, aos ícones da infância e à fantasia.
O fato é que o batom é um item de beleza de fácil consumo: com menos de 10 reais você consegue comprar um batom de marcas mais populares, mas também excelentes, como os da Panvel Makeup. É a satisfação acessível para quase todas as mulheres.
Além disto o batom de cores fortes, como está tanto na moda do ano passado para cá, melhora qualquer aparência de cansaço ou abatimento, também aumentando a autoestima que tende a ficar menor em tempos de dinheiro curto e insegurança financeira.
Além disto o batom de cores fortes, como está tanto na moda do ano passado para cá, melhora qualquer aparência de cansaço ou abatimento, também aumentando a autoestima que tende a ficar menor em tempos de dinheiro curto e insegurança financeira.
Então quando você for comprar mais um batom para sua coleção e seu namorado ou marido reclamar que você já tem 12 batons vermelhos, você pode argumentar que esta não é uma "mania" sua, é apenas um reflexo do panorama econômico atual no seu comportamento de compra.
E atire a primeira necessáire quem não comprou esmalte ou batom este ano!;)
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