Imagens: Google/ Montagem: Daniela Cravari
É o nome de uma das dietas da moda mais
comentadas no momento, que se baseia nos costumes de nossos ancestrais na era
Paleolítica. Quando eles viviam em cavernas, não tinham supermercados e
obtinham sua comida principalmente da caça e coleta, ou seja, a alimentação era
realmente muito diferente da que temos hoje.
Ela está sendo
adotada por muitas pessoas com promessas de emagrecimento e também de um estilo
de vida mais saudável e considerado naturalista. Mas ela é radical, possui pontos
positivos e negativos, caso for adotá-la recomendo acompanhamento nutricional.
♥Ingerir carne à vontade: no período
Paleolítico a carne proveniente de todos os tipos de animais era a base da alimentação.
Hoje, já é conhecido que a ingestão de proteínas em excesso causa efeitos
colaterais, como a retirada do cálcio dos ossos, a acidificação do sangue,
hipercolesterolemia e sobrecarga aos rins. O limite indicado pela OMS é o
consumo de no máximo 30% das nossas calorias diárias corresponder à proteína.
♥Não consumir grãos e massas: como não
havia cozinha na época e os homens ainda não plantavam trigo, milho, arroz, não
moíam grãos, então, as massas não existiam e, portanto, são excluídas da dieta.
Essa não é uma ideia ruim para ser aplicada, desde que de forma correta,
aumentando bastante o consumo de frutas e verduras para compensar, afinal a
falta de carboidrato pode causar náuseas, dores de cabeça, tonturas e fraqueza.
♥Não se preocupar com as gorduras: na Idade da Pedra, não havia
preocupação com o tipo de gordura que era ingerido. Esse item é realmente
importante para o organismo, por isso as gorduras não devem ser cortadas
totalmente da dieta. A OMS preconiza que o consumo total de gorduras não
ultrapasse 30% das calorias diárias, sendo no máximo 10% de saturada. Entre
elas, as gorduras mais importantes são as insaturadas, que trazem o efeito de
reduzir o colesterol LDL (ruim) e aumentar o HDL, (bom). É necessário ficar de
olho nas gorduras e priorizar o consumo de peixes, principalmente os de águas
profundas como sardinha, atum e bacalhau, e de oleaginosas, como castanhas,
nozes, pistache, amêndoas e amendoim.
♥Somente água para beber: naquela
época, a bebida principal era a água, a forma realmente mais natural de
hidratação. Consumir apenas esse líquido não tem desvantagens. Apenas ela já é
o suficiente para a hidratação do nosso organismo, que precisa da água para
diversas funções.
♥Nenhum industrializado: a maioria dos
alimentos industrializados possuem carboidratos refinados como farinha e açúcar
branco, e estes alimentos possuem alto índice glicêmico, e baixo teor de
fibras, ou seja, quando são ingeridos são rapidamente absorvidos pelo organismo
através da ativação de grande quantidade de insulina. Além disso, há a grande
quantidade de compostos químicos presentes nesses produtos, como corantes,
conservantes e estabilizantes, que em grandes quantidades intoxicam o organismo
e podem causar alergias. Portanto, esta pratica é saudável e benéfica, já que
conseguimos encontrar todos os nutrientes para uma boa nutrição em alimentos
não industrializados.
♥Jejuar às vezes: provavelmente
inspirado na dificuldade que os homens do Paleolítico tinham de encontrar
comida todos os dias. O indicado na dieta é ficar de 16 até 24 horas sem
ingerir nenhum alimento. E isso é muito prejudicial, pois o ideal é mantermos
índices estáveis de glicose no organismo. O jejum prolongado pode causar
hipoglicemia, dificuldade de concentração, perda de massa muscular, entre
outros males. Normalmente nosso corpo tende a consumir os músculos para
conseguir energia, o que causa ainda mais problemas para o organismo.
O papel da
nutricionista é ajudar seu paciente a avaliar sua necessidade e orientar sobre
as melhores opções. Normalmente não indicamos dietas radicais como esta, porem
algumas ideias podem ser adotadas.
Para mais dicas, dúvidas ou sugestões visitem meu
instagram @loucaporcosmeticos.
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