Faz apenas três meses que resolvi me juntar ao marido e começar a correr. Quer dizer, para uma sedentária convicta, comecei caminhando lentamente e evoluindo até hoje, onde já participei de uma prova de 5km. Pra quem corre há tempos parece pouco, mas pra quem não conseguia correr 500m, sem achar que estava tendo um ataque cardíaco, é muito, é demais! Tudo isso com ajuda profissional da Assessoria Esportiva Floripa Runners, onde estou me achando novamente dentro de um esporte, que não praticava há uns 10 anos. Lá encontrei mais que assistência profissional para começar a me mexer: fiz amigos, aprendi a socializar (rs), ganhei e ganho muito, mas muito apoio e enxerguei a corrida como algo muito maior que “apenas um esporte”.
Esses dias eu estava lendo no instagram da Debs (uma blogueira “de corrida”) onde ela questionava o porquê que você corre e fiquei pensando. Ela disse que era muito importante saber, senão logo você desistiria (assim como quase tudo na vida, né?). E a minha resposta estava na ponta da língua. Eu só comecei por causa de uma frase dita pelo nosso treinador Fabiano Braun: “Mari, aposto que em 2, 3 meses de treinos sua enxaqueca vai diminuir muito ou até sumir”. Quem tem enxaqueca sabe que a gente simplesmente pára de viver pra “curtir” a maldita e que, muitas vezes, nenhum remédio dá conta. É deitar num quarto escuro e ficar esperando horas torturantes pra passar, pro corpo resolver livrar-se dela. E esse foi meu primeiro e maior objetivo.
E morria a cada treino, achava que ia desmaiar, chegava a passar mal – e olha que vocês estão lendo palavras de alguém que é uma preguiçosa nata e não se esforça muito não e não compra aqueles papos de “ultrapassar limites, dar tudo de si, etc”. Mas sim, cada dia eu ultrapasso um limite, um pequeninho, mas ultrapasso. Não me mato, não. Não quero vencer, nem ganhar troféus. Não quero ser melhor que ninguém, só uma versão melhor de mim mesma, aos poucos, sem pressa. Porque o que eu mais queria eu consegui: minhas crises de enxaquecas são raras hoje em dia e, quando corro, e tô lá morrendo, levando 200kg em cada perna acostumada a ficar paradinha, eu penso: é meia horinha agora pra dezenas de horas sem dor, de vida plena, pra fazer o que eu quiser sem depender de chiliques do meu corpo. Claro que isso funcionou pra mim, pode não funcionar pra você. E no começo eu já morria no primeiro quilometro. Agora vou de boa até os dois. Começo a morrer no meio do três. Então até os dois eu vou curtindo minha música, a paisagem, pensando na vida. Quem sabe um dia consiga curtir distâncias cada vez maiores!
E se fizer uma listinha, em segundo lugar vem a “aparência”, que acho que é o número um da maioria das pessoas. Emagrecer, fortalecer, se sentir mais bonita. Quem não quer se sentir assim? E subir um lance de escada sem ofegar? E brincar com os cachorros sem morrer nos primeiros 10 minutos? E o marido todo orgulhoso cada quilometro a mais que você consegue (mesmo que ele vá correr duas maratonas no Praias & Trilhas nesse fim de semana)? E a turma de amigos que não deixa de tomar um cervejinha e ir na pizzaria, mas que também te incentiva com dicas saudáveis e outros esportes e práticas complementares? E o nosso Whatsapp do grupo de corrida sempre bombando, com todos falando do seu treino do dia, se está bem ou mal, sempre dando suporte um pro outro e também bobagens alheias?
E neste final de semana fui acompanhar a equipe toda do Floripa Runners no Mountain Do, como técnica (rs) da equipe #FR13 (octeto feminino) e fotógrafa de todos. Veja o vídeo e fotos que fiz abaixo e entenda um pouco do que eu quero dizer:
Ameiii Mari, é isso ai.
ResponderExcluirQuando chegar lá te aviso.
Bjos!
Mari, parabéns pelo texto!! Como sempre, muito bem escrito. Eu tenho enxaqueca e é exatamente assim, praticar alguma atividade física faz muita diferença. Fico feliz que vc deixou a "preguiça" de lado, resolveu acompanhar o Zhaka e correr. Beijos
ResponderExcluirOrgulho master dessa minha amiga.
ResponderExcluirTambém tenho a corrida como uma grande aliada na minha busca por uma melhor qualidade de vida e acho que o melhor é praticar com prazer, porque se vira obrigação já perde a graça.
Bjs
www.coisasdemulher.net