Ontem, lendo uma famosa revista de moda brasileira, me deparei com a seguinte frase: "Das celas de cavalo às bolsas mais cobiçadas da história, a Hermès, que desembarca neste mês no Brasil...". O mesmo erro se repetia na página seguinte.
O que está acontecendo com a revisão de textos? Cela com "c" se refere a pequeno aposento, muito usado para designar o local onde fica um detento: cela de prisão. Sela de cavalos, aquele artefato acolchado que serve para o cavaleiro sentar sobre o dorso do animal, é com "s"!
Não sei se exagero por causa dos meus 10 anos como professora universitária, mas acho horrível ler algo escrito de forma tão grosseiramente incorreta (principalmente um texto escrito por um jornalista, em um produto pelo qual você pagou!).
E aqui e ali surgem exemplos de crimes contra nossa língua portuguesa! Eu acredito que erro de vez em quando, mas ao menos procuro estudar o assunto sobre o qual estou escrevendo, para tentar escrever de forma correta.
Há alguns meses eu e meu marido começamos a ver um programa sobre consumo, produzido em um canal de TV por assinatura. O programa, apresentado por uma moça bem famosa no Brasil, reconhecidamente nascida em "berço de ouro", tinha erros de gramática nos 3 primeiros episódios (e aí desistimos de assistir!). Um deles, me lembro bem, levou e e meu marido a uma crise de risadas, pois a tal moça em questão falou algo como: "os galões italianos", ao se referir aos charmosos italianos em suas Maseratis (o correto é "os galãs"!). Detalhe: o programa é gravado! Todas aquelas cenas foram editadas e pelo jeito ninguém percebeu os erros.
Meninas que gostam de moda também são inteligentes!
Sabemos que se escreve cores pastel e não cores pastéis, que as tachas da moda não são com x, que comprimento da saia é o correto e que "cumprimento" da saia seria uma saia dando "tchau".
Para quem tem dúvidas (eu sempre tenho!) é importante ler bastante, pois quanto mais a gente (separado, pois "agente" junto é o cara que trabalha no FBI) lê, mais aprende a escrever corretamente. Para as dúvidas mais comuns sobre ortografia, há uma série de sites bacanas que dão exemplos ótimos, como o Mundo Vestibular.
Lindas, na moda e inteligentes. É assim que queremos ser!
Parece que tudo é feito com muita pressa. Seria tão difícil contratar um revisor e aguardar um pouco mais para que as matérias sejam publicadas com uma escrita mais correta?
ResponderExcluirpost em minha homenagem! ;)
ResponderExcluirtenho pavor de quem escreve e fala errado...
Super me identifiquei com esse post..tenho verdadeiro pavor a quem fala ou escreve errado. Lógico que dúvidas todas nós temos, mas o dicionário tá aí, na nossa frente para nos socorrer. É inadmissível um programa não revisar as matérias gravadas. Às vezes me acho meio neurótica com relação ao português, estudei em uma escola que era muito rígida, fiz muito verbo na vida mas valeu a pena hein? Na faculdade, quando eu pegava o caderno de colegas, para anotar as aulas que eu faltava, ficava impressionada com a quantidade de erros, até você com "ç" tem gente q escreve..enfim, é isso..excelente post
ResponderExcluirbjoss
É deviam reler os textos antes de publicá-los.Eu tenho o maior medo de errar no português,e agora com a nova ortografia,eu releio várias vezes.
ResponderExcluirFala sério!! kkk
ResponderExcluirGarotas já está rolando Promo lá no GGG!!
Passa lá e participa!!
ggg-garotasgostamegastam.blogspot.com
Texto fraco - para não dizer ridículo - e comentários à altura.
ResponderExcluirComo Bacharel em Letras, informo que o conceito de "erro" adotado neste texto é totalmente equivocado. Recomendo a leitura da coluna do grande linguista Sirio Possenti no Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br/) para quaisquer esclarecimentos.
Muito pior do que confundir "cela" com "sela" é difundir um discurso preconceituoso e segregador sobre o "assassinato da língua portuguesa" e pregar ódio aos "criminosos" que cometem tal ato. Tudo isso sem, ao menos, ter a mínima noção teórica dos conceitos que, supostamente, estão sob análise.
Só para constar: tanto a autora quanto grande parte das pessoas que comentaram TAMBÉM COMETERAM aquilo que as mesmas classificam como "erros" ou "crimes contra a língua" - e que qualquer estudante do 1º semestre de Letras sabe que deve ser chamado de DESVIO DA NORMA CULTA. Acreditem, entre erro e desvio está um abismo de diferença.
Resumindo: muita gente falando sobre o que não conhece, demonstrando em suas próprias declarações que sequer domina a regra defendida com unhas e dentes. Aquilo que o ditado popular sabiamente traduz como "o sujo falando do mal lavado".
O preconceito linguístico é uma praga muito disseminada por maus profissionais das Letras (e deste grupo fazem parte os professores que muitos aqui devem ter tido, visto o elevado grau de trauma). Por favor, não piorem a situação ao repetir feito papagaios velhas ladainhas. Há pessoas que dedicam suas vidas estudando os fenômenos das línguas. Procurem a opinião delas antes de bradarem falsas verdades aos quatro ventos.
Atenciosamente,
Juliana
Meu texto sobre o assunto: http://migre.me/6IRy
Meu e-mail: juliana.rodrigues.teixeira@usp.br
Alguém já comentou que o Português será escrito da forma que o Word assim quiser. ;-)
ResponderExcluirPercebam que, em uma redação moderna, a revisão deve ser principalmente via corretor do programa de edição de textos, dispensando a figura do revisor, humano.
Ora, Word e congêneres não conseguem determinar certas tantas condições. Cela ou Sela. Viagem e viajem (o tempo verbal).
Claro que não se deveria chegar a tal ponto, da parte da criatura que digita isto...
Bons tempos em que as revistas ainda eram revisadas...
ResponderExcluirOs jornais já não são há muito tempo. Parece que falar e escrever corretamente é um artigo de luxo, cada vez mais raro.
bjs
Juliana do céu, você escreveu TUDO o que estava pensando...obrigada!!! Espero que o texto sirva de reflexão para muitos.
ResponderExcluirBeijos
Interessante que eu já ia me manifestar para concordar com a Shirley, afinal me "dói" ler um texto com erros gramaticais.
ResponderExcluirMas aí veio o comentário da Juliana e... noooossa! Me fez pensar muito! Obrigada, Juliana!
Acredito que agora serei muito mais tolerante com os desvios da norma culta, e muito menos preconceituosa também.
Queria que mais professores também pensassem assim. Menos estudantes com trauma da Língua Portuguesa, mais gente sem medo de escrever e ser julgada por eventuais "erros".
Nossa língua é difícil. Vejo o quanto pena o meu filho de 9 anos para assimilar as regrinhas da norma culta, e olha que a escola dele é construtivista e o método é muito melhor do que o que eu estudei.
é complicado...vejo alguns erros que doem até a alma.
ResponderExcluirOi Shirley, concordo com tudo o que você disse e mais um pouco.
ResponderExcluirHá algum tempo que venho reparando, cada vez mais, em erros como esse que você citou. Sempre fui tolerante com textos da web pela forma mais acelerada que as coisas acontecem na rede, mas na TV e na mídia impressa acho imperdoável.
Já encontrei erros terriveis na Vogue, Folha de Sâo Paulo e afins, mídias que têm sim obrigação de vender artigos revisados, mesmo porque não são nem um pouco baratos.
Concordo com a Juliana quanto a desvios e preconceito mas também acho que as mídias tem a obrigação de oferecer um produto de qualidade ao público, não é qualquer pessoa que pode escrever um texto para um dos jornais mais importantes do país e tenho 100% de certeza que quem o faz é pago para isso, se essa pessoa comete algum desvio da norma culta em seu texto, cabe a empresa que publica os textos a obrigação de promover a sua revisão antes de publicá-los, mesmo porque, esses desvios só acabam sendo disseminados.
Vivemos em uma sociedade que deve perdoar o desvio da norma culta provocado por um profissional do jornalismo ou uma mídia, mas não perdoa o cidadão comum que escreve algo errado em seu currículo ou na prova do vestibular? Ou que não teve acesso à educação e por isso fala errado?
E olha que eu mesmo tenho que me policiar muito pois eu escrevia muito bem e com um português muito correto, mas depois de anos no exterior confesso que meu português ficou capenga e venho tentando me recuperar.
Na interpretação que fiz do seu texto, você não estava fazendo uma crítica aberta a toda e qualquer pessoa que comete um erro de português e sim às empresas que vendem a preciosa informação através da língua e não têm o cuidado de oferecer um bom produto. Posso estar errada mas ainda assim concordo.
Juliana,
ResponderExcluirNa minha modesta opinião, preconceituoso e segregador é ignorar que desvios da norma culta, em algumas situações, podem ser decisivos para o êxito ou fracasso da pessoa, como em uma redação de concurso, vestibular ou processo seletivo para emprego - e assim não corrigí-los ou sobre eles fazer 'vista grossa'.
E fora estas ocasiões, eu como leitora (de jornais, revistas, blogues, entre outros) começo a duvidar da credibilidade de algum texto que porventura contenha erros como o que estamos comentando - a forma é, sim, importante, assim como o conteúdo, não sejamos hipócritas. Se eu porventura lesse essa matéria mencionada pela Shirley, provavelmente iria pensar duas vezes antes de comprar de novo a tal revista.
Desculpe-me a sinceridade, mas 'desvio da norma culta' não deixa de ser uma espécie do gênero 'erro'. Tenho uma amiga, professora da mesma universidade em que leciono (ela Letras, e eu Direito), com quem frequentemente discuto sobre o tema - ela pensa de modo semelhante ao seu, do qual discordo pelas razões que já mencionei.
E para terminar, achei deselegante e ofensiva (para dizer o mínimo) a forma com que você se dirigiu à dona do blog e aos seus leitores, taxando-os de 'fracos' e 'ridículos'. Há diversas maneiras de se expressar o pensamento, e para mim você optou pela pior delas.
Gabô,
ResponderExcluirConcordo plenamente com o fato de que órgãos de imprensa devam ter especial cuidado com a norma culta, e acho sim que os textos devam ser rigorosamente revisados. Esse tipo de confusão na grafia é absolutamente normal e compreensível - ainda mais porque, quando escrevemos um texto, o foco é a organização das idéias, então certos detalhes acabam passando despercebidos. Exatamente por isso existe a figura do revisor, que deve captar essas minúcias. Nesse ponto, a revista em questão errou - não por ter trocado "S" por "C", mas por ter deixado escapar.
Ione,
Eu não disse que o desvio da norma deva ser ignorado. Disse apenas que não é um crime, um assassinato - e que difundir essa idéia é difundir um preconceito, o que é muito mais grave.
Insisto, entre "desvio" e "erro" há um abismo de diferença. E eu não inventei isso. Há uma extensa bibliografia que trata do assunto. Obviamente que ninguém que não seja profissional da área tem a mínima obrigação de ter lido algum destes livros. No entanto, alguém que não seja profissional da área não tem também a mínima autoridade para analisar fenômenos linguísticos.
Ora, por mais que as leis sejam aplicadas a todos os cidadãos, alguém que não tenha formação jurídica simplesmente não possui elementos para analisar um processo, não é mesmo?
A autora se propôs a discutir um assunto que pouco dominava, fazendo afirmações e dando sugestões. Logo, produziu um texto vulnerável, fraco - como provavelmente seria um texto meu falando sobre Jung, já que meus conhecimentos sobre Psicologia limitam-se ao que aprendi na minha terapia. A Shirley, que segundo o perfil do Blogger é psicóloga, possivelmente teria um monte de elementos para apontar meus equívocos.
Em tempo: classificar um TEXTO como "fraco" e "ridículo", é absolutamente diferente de taxar seu AUTOR de "fraco" e "ridículo". Você está me acusando de algo que eu não fiz, mas respeito sua opinião sobre considerar a minha abordagem deselegante. Peço desculpas à Shirley e a quem mais possa ter se ofendido. Mas mantenho minha posição em relação ao texto. Como profissional responsável que sou, não consigo ficar calada quando vejo posições equivocadas a serem bradadas como juízo de valor.
Robertones, Karina e Gabô
Agradeço pelo elogios, e digo que sinto-me plenamente recompensada cada vez que alguém me diz que passará a refletir sobre o assunto, ao invés de simplesmente condenar o próximo. Essa talvez seja a maior luta dos profissionais da minha área: desconstruir os mitos que acabam por criar traumas e, em consequência, afastar os cidadãos de um dos aspectos mais caros na formação da cidadania - a sua língua.
Atenciosamente,
Juliana
Shirley, linda, loira e inteligente! O texto reflete muito do descuido dos redatores! Adorei te encontrar, Beijão
ResponderExcluirAcho a língua portuguesa linda e de uma riqueza incrível.
ResponderExcluirE surpreede que quanto mais a estudamos, mais percebemos o quanto não sabemos nada sobre ela.
É realmente uma pena ela ser 'assassinada' em tantos lugares e por tantas pessoas quase que diariamente.
Legal vc. chamar a atenção sobre isso.
Bjs!
http://experimentandocosmeticos.blogspot.com/
Juliana,
ResponderExcluirÉ verdade, você classificou o texto e os respectivos comentários, e não os seus autores, eu me equivoquei.
Eu me incluo no grupo que foi ensinado pelos 'maus profissionais das Letras' (mas por eles, curiosamente, tenho e sempre tive imensa simpatia e gratidão, a ponto de quase ter optado por Letras).
Minha preocupação atual reside no fato de que meus dois filhos (de 13 e 10 anos) cometem muitos (mas muitos mesmo!) desvios da norma culta em seus textos. E na condição de mãe (e não mais de debatedora), confesso que fico muito receosa de que, quando submetidos às provas do ENEM ou do vestibular, saibam "dosar" a (necessária) ênfase na organização das idéias e na correção ortográfica - já que nestas provas os critérios de correção são bastante rígidos, o que você naturalmente sabe.
E veja que eles estudam (com ótimas notas em português e redação, nunca inferiores a 8) na melhor escola da minha cidade (Brasília), que inclusive possui o maior número de aprovados nos vestibulares tidos como difíceis da UnB e o primeiro lugar na pontuação do ENEM no Distrito Federal.
Além do que relatei, algumas coisas atualmente têm me preocupado, como a expressão "politicamente correto", que se popularizou há cerca de 15 anos no Brasil (mas que na realidade foi criada por Antonio Gramsci muitas décadas antes). Vou dar um exemplo: existe uma doença chamada Mongolismo, cujo doente é denominado Mongolóide. Hoje em dia eu poderia perfeitamente ser processada e condenada por danos morais se empregasse um destes termos ao me dirigir a alguma pessoa que sofresse da enfermidade. No entanto - pasme -, são elas que constam (ainda) no CID!
Então eu muitas vezes acho que as pessoas (ou instituições públicas ou privadas, governamentais ou não), ao invés de concentrarem seus esforços em mudar/melhorar/solucionar o "significado" (=assistência multidisciplinar à pessoa que tenha a doença a que me referi), preferem simplesmente alterar o nome do "significante" (=processar e condenar qualquer expressão que não seja 'Síndrome de Down'), sem nenhuma ação efetiva de inclusão e melhora da qualidade de vida desses doentes.
Em resumo, desculpe-me pela ousadia em me meter numa área que não domino (cada macaco no seu galho, sempre!), mas não seria mais proveitoso se, em vez de nos debatermos em considerações semânticas, buscássemos um resultado final melhor nos textos - dos alunos, jovens, adultos, jornalistas, etc. - valorizando tanto a organização de idéias, a criatividade e a clareza, como a concordância e a ortografia?
Fica a reflexão!
Um abraço,
Ione
Você foi professora universitária. Já ouviu falar em preconceito linguístico?
ResponderExcluirNão quero ofender, mas você está sendo altamente preconceituosa.
Super apoiado! Pior que tem blog que eu acompanho que o conteúdo é mara, mas deixa a desejar gramaticalmente.
ResponderExcluirSabe o que mais irrita? Gente que escreve ancioso. Credo!
E acho que o discurso da Juliana Teixeira sobre preconceito linguístico é condescendente com o sistema de educação precário do Brasil e com a pouca valorização da cultura, da leitura e da educação no país. Tudo bem, ninguém aqui é gênio em português nem domina todas as regras, mas não custa nada se esforçar, né? Ainda mais uma revista de circulação e renome nacional...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirameiiiiiiiiiiiiiiiiiii hehehe vc escreveu um coisinha errada aí.... hahaha eu vivo errando e aprendendo... lembro me quando era criança e falei p meu pai q tinha lavado os "degrais" da escada... ele qse me matou hahaha disse bem alto "o correto é dizer: degraus" nunca mais esqueci
ResponderExcluirhttp://www.bazartataebabi.blogspot.com/
É um assassinato no estilo tortura chinesa: lenta e dolorosa. Na mesma revista (só pra me manter no mesmo veículo) já li a descrição de um vestido e sua "calda" (sic). Mandei um email e fui solenemente ignorada... Ou talvez os olhos tenham desviado do meu email.
ResponderExcluirQuanto aos sofistas, é melhor deixar que sofismem. Existe uma grande diferença entre coloquialismo, que é uma opção saudável aos veículos de comunicação e existe a condescendência com o erro (erro sim!).
Mas va lá, deve ter sido erro de digitação mesmo. Melhor! Deve ter sido um "desvio de digitação".
Oi!
ResponderExcluirBem, como vocês que acompanham o blog provavelmente sabem, eu estou com uma tendinite no braço direito, então tenho que escrever só um pouquinho de cada vez. Por esta razão vou demorar mais do que o costume para responder todos os comentários (mas já li todos).
Minha intenção jamais foi ser preconceituosa ou propagar qualquer tipo de preconceito, uma vez que não falei sobre um "erro" cometido por uma pessoa na sua linguagem coloquial.
Falei sobre exemplos do mau uso da língua em veículos de comunicação: uma revista (em matéria assinada por uma jornalista) e um programa de TV (na fala da apresentadora).
Não vejo como falar sobre este fato possa ser considerado preconceito, uma vez que não disse que estas pessoas são "ignorantes" e não estava me referindo ao uso coloquial de uma palavra nem ao linguajar típico desta ou daquela região do país.
A palavra "casa" se escreve com "s" e se um jornalista a escrever com "z", será que é errado apontar o erro do profissional?
E eu, como professora, jamais ridicularizei um aluno por qualquer motivo, muito menos por causa de um erro de ortografia. No entanto sempre corrigi eventuais erros nos textos dos alunos, com o objetivo de ajudá-los(embora eu não seja Bacharel em Letras). Não vejo como uma atitude destas (feita com tato e respeito) possa prejudicar um aluno de graduação!
Em momento algum me referi a segregar ou discriminar pessoas que escrevem de forma incorreta. Só me referi a erros gramaticais na imprensa e em veículos de comunicação (para mim são erros, afinal não sou bacharel em letras e nunca aprendi sobre "desvios de norma culta").
um beijo para todos!
O que a ´bacharel´ super inteligente aí esqueceu de dizer é que quem escreveu errado, escreveu em uma revista de circulação nacional, paga, com revisores onde para mim é inadmissível que se escreva errado. Gente que que é isso? Uma jornalista escrevendo errado?
ResponderExcluirNão tem nada a ver com língua falada. Não tem nada a ver com preconceito. Não estamos falando de um blog ou de um texto despretensioso. Estamos falando de uma profissional que tem sim a OBRIGAÇÃO de escrever direito. Ela é paga para escrever DIREITO. É no mínimo vergonhoso que tais ditos ´bacharéis´ não se preocupem com a língua escrita e é mais inadmissível que outro ´bacharel´ ache isso normal. Não é!
Eu poço eskrever erado não sou bacharel de coisa alguma, mas, um jornalista em revista paga, não pode. Já imaginaram a Fátima Bernardes falando sobre os ´galões´ italianos? Ou escrevendo sobre as selas do prezídio? E seus filhos aprendendo assim? Isso não tem nada a ver com preconceito e sim com o emburrecimento do povo brasileiro.
Agora a pergunta é? Quem realmente é que escreve de forma rídicula e fraca? Aquela que mostra a indignação com o que a gente vê de errado por aí ou quem acha que é normal escrever errado, estacionar na vaga alheia, fumar e incomodar os outros, puxar um baseado na frente dos filhos?
Então tá.. fica acim.. os baixaréis da vida nos encinam a falar e a e escrever e nós finjimos que aprendemus.
Só posso ter orgulho de ter uma mulher que se preocupa com o que nossos filhos aprendem e com a verdadeira educação.
Não tenha tolerância com quem ensina errado, não tenha tolerância com um professor que não sabe português. Tenha tolerância com que não consegue aprender. São coisas distintas.
É isso que falta nesse país, pois, sobra complacência com o que está errado por aí. Inclusive nos textos que bacharéis estudiosos escrevem.
Shirley continue a ficar indignada, pois, esse é o melhor exemplo que uma cidadã pode dar para seus filhos.
E pelo amor de Deus, se alguém aí não teve a inteligência para perceber, ´Assassinar´ foi usado como figura de linguagem.
Putz, que polemica (desculpem, mas detesto usar acento no teclado, mas sei onde todos devem estar).
ResponderExcluirNao li tudo, me falta paciencia, mas quero deixar minhas palavras de concordancia com o texto do blog, certos erros de portugues sao inadmissiveis, principalmente quando se esta pagando por uma obra dessas.
Acho que a bacharel ai em cima viajou na maionese, sera que ela releva esses erros quando corrige suas provas? Acho que nao, ne?
Mari,
ResponderExcluir"E acho que o discurso da Juliana Teixeira sobre preconceito linguístico é condescendente com o sistema de educação precário do Brasil e com a pouca valorização da cultura, da leitura e da educação no país".
Com todo o respeito, é EXATAMENTE o contrário. O maior motivo para a precária situação do sistema educacional brasileiro é JUSTAMENTE não valorizar leitura e cultura. Se nossas crianças, ao invés de serem bombardeadas com análises morfológicas e sintáticas, regras e mais regras a serem decoradas, pudessem ter contato com TEXTOS (e outras formas de expressão artística também), dominariam muito melhor inúmeras variantes da língua - INCLUSIVE a Norma Culta. E é contra esse sistema, que se preocupa muito mais com a imposição de regras do que com colocar o aluno em contato com sua língua, que eu e meus colegas lutamos.
Ione,
Entendo sua preocupação, que é também a minha. Já tive - e tenho - muitos alunos que tem sérias dificuldades na elaboração de textos, em todos os níveis da linguagem escrita (sintaxe, morfologia, ortografia, pontuação...). E há mesmo muitas escolas que, digamos, se aproveitam de teorias para criar bandeiras, dizendo-se "modernas", mas optando por um método pedagógico equivocado. Há hoje muitas que se dizem "Construtivistas", sendo que o construtivismo piagetiano não é, nem nunca foi, método pedagógico - muito embora seja fonte primordial de estudos para pedagogos e licenciados. Enfim, apontar que a grafia é "casa" e não "caza" não traumatiza ninguém. Mas tratar isso como um acinte, ou afirmar que isso é um "crime contra a língua", é preconceito. Tenho 3 filhos também, dois em idade escolar. E não deixo de apontar os desvios ortográficos a nenhum deles. Mas jamais faço brincadeiras do tipo "isso não é Português". E procuro deixar claro que ele não é burro por confundir "S" com "C", "SS", "XC", "SC" - que muitas vezes representam um mesmo som - já que TODOS (TODOS MESMO, INCLUSIVE EU) estamos sujeito a trocar as bolas. Veja, o fato não é ignorado, mas o aluno é estimulado a aprender pela confiança, e não pelo medo.
Sobre o "politicamente correto", entendi seu ponto de vista, e concordo com ele. Mas há casos e casos. Especificamente neste, que é o que eu domino, evita-se usar o termo "erro" pelo seguinte:
-A palavra 'erro' pressupõe uma regra - já que 'erro' é justamente a quebra de uma regra;
- Existe regra em língua? Sempre aprendemos que sim. No entanto, o que existem são PADRÕES. Os fenômenos linguísticos foram observados e reunidos, de modo que as gramáticas mostram como a língua FUNCIONA, e não como ela DEVE FUNCIONAR. O mesmo acontece com a ortografia, que foi uma invenção humana, bem posterior à fala. A maneira como se escreve é que tem que se adaptar às necessidades de comunicação, e não o contrário. É como dizer que o coração bater é uma regra do funcionamento do corpo humano. Não é uma regra. Ele bate e ponto. Os homens apenas observaram o que já acontecia;
-As línguas mudam o tempo todo. Prova disso é que muitas palavras cujas grafias soam "naturais" para nós, eram o "erro" de outras épocas. Pra ficar no exemplo mais clássico: pharmácia. Houve uma reforma ortográfica (como essa que presenciamos recentemente) que padronizou o uso do "F" em lugar do "PH". Mas o motivo disso foi a grande incidência da troca do "PH" pelo "F" na grafia, fenômeno que já ocorria. A mudança da NORMA PADRÃO ortográfica veio apenas atender uma necessidade da língua. Mesmo motivo pelo qual o trema caiu agora. Convenhamos, o uso dele já era mínimo. A nova norma veio apenas corroborar.
(continua)
Shirley,
ResponderExcluirAcredito mesmo que sua intenção não foi ser preconceituosa, mas espero que entenda que o seu discurso está impregnado pelo preconceito linguístico. E isso não costuma mesmo ser intencional. Ele está arraigado na nossa cultura, e precisa ser explicitado e combatido.
Sei que o tema principal de seu blog nada tem a ver com Linguística, mas foi aberto o debate, senti-me no direito de mostrar o ponto de vista contrário. Embora ele ainda seja minoria, está solidamente embasado. E não se trata de tentar impor uma opinião, doutrina, linha de pesquisa, mas sim de levar à reflexão. De um jeito ou de outro, acho que foi isso que aconteceu. Peço desculpas novamente se lhe soei ofensiva.
ssjunior,
Um motivo a mais para você se orgulhar da sua mulher é o fato dela saber participar de uma discussão de maneira sadia, e não procurando ofender pessoalmente, como você fez.
Como professora universitária, acredito que ela encare com naturalidade o debate de idéias. Não vejo motivo para tanta histeria e generalização da sua parte, tentando atingir toda uma classe que, eu insisto em dizer, dedica uma vida a estudar estes fenômenos e tem como um dos seus grandes desafios desconstruir mitos que só fazem afastar os cidadãos de sua própria língua.
Sobre o fato da confusão "sela"/ "cela" ter ocorrido numa revista, e sobre a obrigatoriedade do órgão de imprensa de revisar seus textos, eu tratei no meu segundo comentário, que você possivelmente não leu.
Ah sim, "assassinato" foi uma figura de linguagem. E figuras de linguagem podem sim ser preconceituosas, mesmo que sem querer - como a própria Shirley já disse que foi.
Atenciosamente,
Juliana.
A Shirley não pregou ódio aos "assassinos da língua portuguesa". Ela não citou erros cometidos aqui, no msn, em conversas informais ou cometidos por uma criança. Se fosse assim, Juliana, eu seria a primeira a concordar com você.
ResponderExcluirA questão é que a crítica foi dirigida a uma revista de grande circulação que tem, sim, o dever de bem utilizar o seu maior instrumento de trabalho - a língua portuguesa.
Juliana, parece que você quis defender os fracos e oprimidos, mas acabou advogada da Vogue. E, ainda que estivesse aqui em defesa de quem realmente merece, o que eu consideraria uma atitude admirável, você poderia ter defendido sua idéia de forma mais educada. Estudo e conhecimento para tanto, você demonstrou ter, mas deixou o ego tomar conta e perdeu a razão.
Amanda,
ResponderExcluirMinha crítica se dirigiu ao post E aos comentários. De fato, a Shirley não pregou ódio a ninguém - muito embora termos como "assassinato" e "crime" tenham uma conotação um tanto pesada - mas alguns dos comentários sim:
Suellen disse...
"tenho pavor de quem escreve e fala errado..."
Fernanda disse...
"tenho verdadeiro pavor a quem fala ou escreve errado."
Agora, defensora da Vogue? Até reli o meu texto para ver onde foi que isso ficou implícito ou explícito. Isso porque eu não leio Vogue. Nunca comprei um único exemplar. Não tenho motivo algum no mundo para defender a revista. E não foi isso o que eu fiz. Mesmo. Fiz uma crítica a uma falácia antiga e nociva, que nos é empurrada pela garganta desde cedo. O cerne da minha crítica foi o preconceito linguístico que está implícito nesse tipo de discurso de "assassinato da língua", ainda que não intencionalmente. Aliás, aí é que mora o perigo. Eu mesmo levei muitos anos até perceber que engrossava esse coro, sem nunca ter refletido a respeito.
Sobre a Vogue (e nem me interessa qual era a revista, a obrigação é de todas), num dos meus comentários deixei bem clara a minha posição sobre a falha EDITORIAL.
"Texto fraco - para não dizer ridículo - e comentários à altura."
ResponderExcluirJuliana, você entrou na casa dos outros (no caso o blog) não pediu licença, sentou na sala principal e ofendeu a autora e as pessoas que comentaram. Já começou errada.
Você perdeu qualquer razão que poderia ter na primeira linha.
Seu segundo parágrafo foi: "Como Bacharel em Letras...."
Como se isso legitimasse sua opinião. Está cheio de bacharel por aí que não sabe nada de nada. Eu sou presidente de uma empresa, mas, não começo meus textos dizendo: "Com presidente de empresa...." porque isso para mim pode transparecer arrogância. E eu sei que erro no português.
Depois em outro momento escreve: "o sujo falando do mal lavado". Esse blog não é um tratado de língua portuguesa e da mesma forma que temos o direito de criticar o médico que comete erros temos o direito de criticar o bacharel de letras ou jornalista que escreve errado. E ter PAVOR disso.
Não venha me dizer que não foi dirigido para as pessoas. Quando alguém escreve da forma que você escreveu está ofendendo sim. É no mínimo sem noção e sem educação.
A única coisa que você tem que fazer é se desculpar com a Shirley pela forma como você ocupou a 'casa' dela.
Ela pode ter cuidado no que escreve para você. Eu não. Você foi grossa, mal educada e ofendeu minha esposa e seus leitores que são pessoas inteligentes e não pessoas com conteúdo ´fraco e ridículo´.
Veio aqui dar lição de moral e quem acabou se mostrando preconceituosa foi você. Preconceito contra quem não acha normal escrever errado. Com quem não gosta de ler textos com erros grosseiros de português. Aqui é um blog de moda, você está discutindo no lugar errado.
É extremamente normal que as pessoas tenham PAVOR de quem escreve errado da mesma forma que outras pessoas como você parecem não se preocupar com o fato. Não tem a ver com trauma. Tem a ver com RESPEITAR A LÍNGUA ESCRITA.
E estamos falando aqui de PAVOR com relação à pessoas que tiveram condições de estudar, de aprender e não de pessoas que não tiveram acesso à educação. Com estas não podemos ser críticos.
Você já ganhou seus 15 minutos, agora pode voltar a escrever para todos os 5 seguidores de seu blog que devem ter muito mais tolerância com a forma como você se expressa.
Eu particularmente tenho PAVOR de pessoas mal educadas, egocêntricas que se escondem atrás de um texto confuso e ´letrado´ para se afirmar.
Nada mais tenho a dizer sobre esse assunto para você.
"A única coisa que você tem que fazer é se desculpar com a Shirley pela forma como você ocupou a 'casa' dela". - Bom, pelo visto você não leu MESMO os outros posts. Já me desculpei com ela. Mas se ainda não ficou claro, repito aqui mesmo, para que todos possam ler:
ResponderExcluirShirley, desculpe-me por ter soado grosseira e arrogante. Não tive intenção de ofendê-la. Aliás, nem a conheço.
ssjunior,
Sobre "invadir" a "casa" dos outros, eu achei que o blog fosse público e aberto a comentários, inclusive os contrários. Mas pelo visto, somente elogios são aceitos. Fique com eles. Até porque, você disse aquela que, talvez, tenha sido a frase mais sensata deste fórum:
"Aqui é um blog de moda, você está discutindo no lugar errado".
"Muito pior do que confundir "cela" com "sela" é difundir um discurso preconceituoso e segregador sobre o "assassinato da língua portuguesa" e pregar ódio aos "criminosos" que cometem tal ato."
ResponderExcluirJuliana, pelo trecho do comentário que copiei, fica nítido que você disse que a Shirley difundiu um discurso preconceituoso e pregou ódio.
E você só concordou ter havido falha editorial depois que te chamaram a atenção (no 2º comentário). O problema é que a falha editorial era o único assunto discutido e quando você, inicialmente, foi contra a indicação do erro (ou desvio), chamando-o de preconceito linguístico, acabou por defendê-lo e, por conseguinte, o tal veículo de comunicação (também não sei se era a Vogue, acho que sim). Deu a impressão de que, por ser um "desvio" e não um "erro", a revista podia, sim, escrever de forma... "desviada"?!, mas não pode, como você acabou de comentar.
Acho válido você acreditar numa coisa e defendê-la, mas o fato é que você realmente fez isso no lugar errado, criticando o post errado, já que o mesmo foi dirigido a veículos de comunicação que, repito, têm obrigação de escrever de forma correta.
Acho que houve um erro de abordagem de sua parte.
Como alguém escreveu ai em cima, também creio que veículos de comunicação (televisão, rádio, jornal, revista)são formadores de opinião e por isso tem a OBRIGAÇÃO para com quem está do outro lado em emitir um português correto.
ResponderExcluirErrar é humano? Sim! Mas publicar o erro na revista, mesmo após a revisão, isso é inaceitável!
E concordo também sobre que Português será escrito da forma que o Word assim quiser...
Só para constar aos mais desavisados essa matéria é da revista ELLE desse mês (pg 124) publicada pela gabaritada editora Abril que alias também publica a revista GLOSS (setembro), quem tiver acesso a essa ultima citada leia o espaço que os leitores comentam a edição anterior, lá uma leitora cita um erro com relação ao uso incorreto de MAU, MAL em uma matéria do mês anterior.
Ou seja, nós leitores erramos sim, somos humanos, mas não somos "burros" e cobramos um pouco mais de respeito!
Basta né...
ResponderExcluirJa convivemos com os erros do portal Ego e Terra, agora em revistas que se dizem conceituadas?
O que dizer desse aqui?
h.imagehost.org/view/0023/19012606
Aceitável também?!
Shirley, gata, passei o dia indignada, olhando seu blog sempre que possível e quero te dizer que voce está mais do que certa em criticar quem merece critica.
ResponderExcluirTo com vc e nao abro.
ADOOOOOOOOOOOUROOOON seu brogui.
Bjokas, colega.
Ah, avisa ao maridao que ele ganhou uma fã!
ResponderExcluirNão posso acreditar que uma bacharel em Letras fez todo esse escarcéu para justificar erros de Português numa revista. ERROS SIM!
ResponderExcluirFalsas verdades??? Poupe-nos das tuas viagens na maionese, colega!
Vanessa, Suellen,Fernanda, Flávia, Gabriella, Luiz,Daniela,
ResponderExcluirFernanda Corradi, Karina, Ana Paula, Gabô Oliva, Ione, Francisco Ponciano, Bia, Mari, Tálita, Gabriela, Aster Locusta, ST, Amanda, Gui O.A. e Silvia Barcellos,
Agradeço imensamente os comentários bcanas e solidários, detodos vocês, que entenderam que eu em momento algum eu preguei "ódio" ou "preconceito"
Desculpem não ter respondido individualmente cada um de vocês, mas minha tendinite só está melhorando agora.
Também acho que não faz sentido nós todos, que compartilhamos a opinião que não há nada de errado em exigir que um veículo de comunicação utilize SIM a gramática corretamente, cairmos na discussão sem nexo de que isto é preconceito linguistico.
beijos,
Jr,
ResponderExcluirVc é o melhor marido do mundo!
Obrigada!
beijos,
Como alguns já comentaram aqui, é importante não confundir erro ortográfico com o suposto erro de língua. Sabe-se que as estrururas linguísticas n-ã-o são previsíveis. É possível confirmar isso lendo Saussure ou Chomisky.
ResponderExcluirJá a ortografia é uma convenção, e por isso passível de erro. Mas vejam bem, o erro ortográfico não interfere na leitura, nem altera significado de palavra nenhuma: quando alguém escreve "Das celas de cavalo às bolsas mais cobiçadas da história, a Hermès, que desembarca neste mês no Brasil..." – 'celas' só poder ser lido aí como 'aquilo que se coloca sobre o cavalo' – por isso é possível fazer a correção para 'Selas' com "s"( o erro aí não é semântico nem linguístico, é ortográfico). Também é importante não confundir a escrita, que é conservadora por excelência e, por isso, passível de normatização com a língua, que é dinâmica.
Por isso, quanto aos erros de ortografia concordo que seja um desleixo mas não a língua e sim com a normatização da escrita.
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