No meu último ano do curso de Psicologia me candidatei ao processo seletivo para ser uma das estagiárias do Hospital Infantil Joana de Gusmão, aqui em Florianópolis: eram apenas 4 vagas super disputadas, uma vez que para quem gosta de crianças e adolescentes, seria uma oportunidade única de aprender.
Tive a sorte de ser uma das selecionadas e escolhi trabalhar no ambulatório de Quimioterapia (as outras opções na época eram UTI, Oncologia e Queimados): era 1994 e eu tinha apenas 21 anos quando comecei o estágio, que era de segunda à sexta-feira. Nunca havia tido experiência com pessoas doentes e hospitais e cada dia que passei dentro do Ambulatório de Quimio naquele ano, me transformou não apenas profissionalmente, mas também como pessoa.
Foi uma das experiências mais impactantes e marcantes conviver com aquelas crianças e adolescentes, acompanhar procedimentos dolorosos, como punção do "líquido da coluna", os efeitos colaterais da quimio, o desconforto pelos os quais os pacientes e seus acompanhantes passavam (na época, a sala era muito, muito pequena e sequer tinha janela), as pequenas vitórias, as perdas (foi lá que vi pela primeira vez uma pessoa morta, uma doce menina que havia sido minha paciente e que não resistiu ao transplante de medula).
Era muito duro lidar com as perdas de pacientes queridos que aprendíamos a, de certa forma, amar, pois apesar do "distanciamento" imposto pela condição pesicólogo/paciente, como não gostar de um pequeno ser humano que pede pra sentar no seu colo enquanto toma sua dose de quimioterapia e ainda faz você sorrir lhe contando algo engraçado ou fazendo um desenho?
Fiquei muito tocada com a história da americana Talia Joy Castellano, de 12 anos, e que desde 2007 luta
contra um câncer agressivo e usa a Internet como uma forma de amenizar a dura realidade que enfrenta todos os dias.
Talia, que tem mais de 100 mil seguidores no YouTube, disse em entrevista “Amo maquiagem e uso como a minha peruca. Ter um câncer é um presente,
ainda que seja terrível. É uma jornada incrível, mas toda jornada tem um
fim. Espero que entendam o que quero dizer. Vou continuar sempre
fazendo meus vídeos. Ter um canal do YouTube, inspirar muitas pessoas e
ter essas pessoas olhando para mim. Eu adoro isso!”
Já é uma vencedora, aos 12 anos, esta garota moderna e vaidosa que achou um caminho para manter sua auto-estima de pé e não deixou a doença ser maior que sua vida!
Seja feliz hoje, querida leitora, a vida é muito curta, traz dores e obstáculos inesperados, sofrimentos que a gente pensa não poder suportar... Mas VIVA o AGORA e SE AME: coloque seu batom favorito, use sua roupa mais bonita, se olhe no espelho e veja tudo aquilo de melhor que você tem!
Uma linda quinta-feira para todas nós!
Ferá Massa massa heim adorei o tutorial dela
ResponderExcluirótima semana
beijinhos
www.oquelatem.blgospot.com
Que bom.
ExcluirUma Ótima semana para você também!
Beijos
Shirley,
ResponderExcluirque depoimento emocionante o seu!
Existe uma beleza que nenhuma maquiagem ou bisturi pode alcançar, que é a da alma!
E com certeza esta beleza existe em você!
Um grande abraço e que Deus te faça muito feliz, sempre!
Muito obrigada por todo o carinho Thais
ExcluirBeijos querida
bota lição de vida nisso... e tem tanta gente reclamando de barriga cheia....bjs
ResponderExcluirtititi da dri
Verdade Adri, muitos reclamam sem motivos.
ExcluirBeijos
Olha, legal mesmo, Shirley. Também, como psicóloga, meu último ano foi com o estágio na unidade de internação pediátrica do HU. E, como disseste, o que aprendemos ali, ninguém nos tira. Compartilhadíssimo.
ResponderExcluirÉ um aprendizado para a vida realmente Ana!
ExcluirBeijos