Momento divã: corra, a vida é agora (ou uma reflexão sobre o que a Vic Ceridono disse)!

eu, aos 2 anos e 4 meses

A Victoria Ceridono, menina linda e talentosa, que mesmo ainda tão jovem já editora da Vogue RG, colabora com a Vogue e comanda o indispensável Dia de Beauté, fez um post muito bacana falando sobre esta disputa maluca entre nós mulheres por esta busca insana pela perfeição.
Deixei um recado por lá mas fiquei pensando sobre o assunto e resolvi escrever algo aqui também. Mas não sem antes dizer que sou muito fã da Vic, desta jornalista querida, muito sábia para seus 23 anos e mais do que bonita!
Nós somos perfeitas, todas nós: magrelas ou gordinhas, altas ou pequenas, com nariz grande, pernas finas, dentes tortos... Sim, nós somos perfeitas! Somos perfeitas com as cicatrizes, com os "defeitos" herdados da mãe, do pai e da bisavó, com as rugas que um dia virão.
Somos perfeitas porque somos nós, porque de verdade não há absolutamente outra pessoa igual (mesmo se você tiver uma gêmea idêntica), porque quem nos ama nos ama com tudo que temos - e com aquilo que não temos.
A melhor coisa do mundo é se amar e se aceitar. Melhorar todo mundo pode (qual mulher não fica mais bonita depois de dar uma arrumadinha no cabelo, passar um blush ou fazer as unhas?), mas buscar a perfeição é muito chato!
Como a Vic falou lá no post dela, mesmo diante da pessoa mais linda, há os críticos de plantão que dizem: "mas olha a orelha dela, como é de abano"... E daí se for? É sua orelha, seu pé, seu umbigo. São partes de você! Claro que podemos melhorar a nossa aparência (e não há mal nisto - na natureza há muitos animais que adoram se mostrar belos, basta olhar eles namorando). O problema reside em nunca se estar satisfeito com o que se tem. Com quem se é.
Ali naquela foto eu tinha pouco mais de 2 anos, era quase careca e parecia bem feliz. Agora tenho 36 (quase 37!), tenho mais cabelo (mas muitos fios brancos), continuo baixinha, não tenho os olhos azuis/verdes (lindos) da minha irmã mais velha. E daí? A questão dos cabelos brancos é fácil resolver, mas não vou passar meus dias sofrendo por não ser uma Barbie de carne e osso (ou segundo o padrão de beleza vigente, muito mais osso que carne).
Tem dias que me adoro, outros (na época da TPM... argh!) acho que "acordei gorda", mas a vida continua e o melhor para estes dias é tomar um banho gostoso, escolher aquela roupa bacana e passar um blush, porque ninguém é de ferro.
Cada ano que passa tenho mais cabelos brancos e a pele já não tem aquele brilho dos 16 anos (mas nada que um belo iluminador não dê jeito!), mas também sei de um monte de coisas que aos 16 anos nem sonharia saber. Coisas que só o tempo e a história que a gente traça ao longo dele trazem...
Então menina, passe seu batom e esqueça das suas pernas finas (ou braços gordos, ou seja lá o "defeito" que você enxerga em você). Olhe no espelho e sorria. Aquela lá no outro lado do espelho sorrindo de volta é você, a pessoa mais importante da sua vida.
Deixe mais rugas de risos gravadas no seu rosto do que as de tristeza ou preocupação. Até porque todo mundo (tomara!) vai ficar velho um dia e o poder o tempo é inexorável… A única maneira de não envelhecer é morrer cedo, o que definitivamente não é um bom negócio.
Sabe aquela história que nossas avós diziam: que o tempo passa rápido demais? Pois é, elas tinham razão. Então corra, vá viver!

Nossa série "momento divã" andava sumidinha, mas fala sobre comportamento.
Só lembro que, embora eu seja psicóloga, o objetivo destes posts não é dar aconselhamentos pela Internet (até porque o Conselho Federal de Psicologia proíbe esta prática) e sim falar de comportamento com o intuito de informar. Espero que vocês gostem!