Momento no divã: auto-estima

Imagem: Blue Mountain

Como a enquete sobre posts sobre comportamento apontou que somente 6% das pessoas que responderam não gostariam de ler sobre este tema aqui no blog, resolvi iniciar a série "momento divã" com um tema muito atual: auto-estima (sei que com a reforma ortográfica este hífen caiu, mas ainda não vou aderir pois não decorei todas as novas regras).
Só lembro que, embora eu seja psicóloga, o objetivo destes posts não é dar aconselhamentos pela Internet (até porque o Conselho Federal de Psicologia proíbe esta prática) e sim falar de comportamento com o intuito de informar. Espero que vocês gostem!

A Auto-estima é a capacidade de o indivíduo realizar um julgamento objetivo, honesto e favorável dele mesmo, sendo que esta avaliação influencia todas as suas experiências e a sua Qualidade de Vida.
Auto-estima é:
1. A confiança em nossa capacidade para refletir e nos confrontar com os desafios da vida. É a confiança no funcionamento de nossa mente, em nossa capacidade de pensar, nos processos por meio dos quais refletimos, escolhemos e decidimos. É a confiança em nossa capacidade de entender os fatos da realidade que estão dentro da nossa esfera de interesses.
2. A confiança em nosso direito de ser feliz, a sensação de sermos merecedores, dignos, aptos para expressar nossas necessidades e desejos e desfrutar os resultados de nossos esforços.
Se uma pessoa se sente inadequada para enfrentar os desafios da vida, se não tem uma autoconfiança básica, confiança em suas próprias idéias, ele estará com sua auto-estima deficiente, sejam quais forem suas outras qualidades.
Também se falta ao indivíduo um respeito por si mesmo, se ele se desvaloriza e não se sente merecedor de amor e respeito da parte dos outros, se acha que não tem direito a ser feliz, se tem receio de colocar suas idéias, vontades e necessidades, novamente estamos diante de uma auto-estima falha.
Segundo Branden*, são seis os pilares que sustentam a Auto-estima:

• Viver conscientemente - estar presente no "aqui e agora", prestar atenção em seus sentimentos, pensamentos, ações, estar atento ao que se passa no corpo, na cabeça e no coração.
• Auto aceitação – aprender a aceitar que todos temos fraquezas e que algumas delas não seremos capazes de mudar.
• Responsabilidade pessoal – ser responsável por suas ações e suas decisões.
• Auto confiança – confiar em sua própria capacidade.
• Possuir metas definidas – saber o que se quer e o que não se quer.
• Integridade pessoal - coerência com os próprios valores.

* Fonte: Branden, N. Os seis pilares da auto-estima. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.