Corra, Grazi, Corra: Gui, o Homem de Ferro.

Uma coisa bacana que a corrida trouxe para a minha vida foi a convivência com gente que não faria parte dela em outras circunstâncias. Eu fui uma criança de apartamento, uma adolescente do teatro e uma adulta que trabalha na balada. Nunca convivi muito com gente que acorda cedo, passa o final de semana surfando ou viaja pra praticar esportes.
Com a minha transição de pessoa da noite para pessoa do dia, ganhei vários amigos muito bacanas e ouvi histórias que me incentivam a querer ser melhor, a ter vontade de calçar o tênis e sair  pelo mundo superando os meus limites.
Conheci o Gui treinando, ele é um dos professores do programa Unimed em Movimento – um programa de caminhada e corida oferecido aos clientes da Unimed em Floripa – e um cara muito gente fina. No meu segundo dia de treino já era muito brother dele e do Patrick – o outro professor que toda 2a, 4a e 6a tá lá firme e forte treinando o pessoal.
Entre aquecimentos, sofrimento por não conseguir respirar direito e gargalhadas, descobri que o Gui é triatleta. E não um triatleta qualquer (se é que um ser humano que consegue nadar, pedalar e correr numa tacada só pode ser chamado de “qualquer”), o cara participa do Ironman. E NÃO É SÓ ISSO! Guilherme Garcia Cunha participa do Iron, samba na cara da sociedade e termina em primeiro lugar na sua categoria.

ME RESPEITA QUE EU SOU TREINADA PELO IRONMAN NÚMERO UM DA CATEGORIA 25-29 ANOS. BEIJO!

No Ironman Brasil – prova que rolou final do mês passado aqui em Floripa e é a maior do triathlon na América Latina - o Gui conseguiu baixar o tempo médio dele em meia hora, chegar em primeiro na categoria e garantir a vaga pra dois campeonatos importantes: o Ironman 70.3, também conhecido como meio Ironman que vai rolar no Canadá em setembro e o Ironman completão (APENAS três quilômetros e cacetada de natação, cento e oitenta de bike e quarenta e dois de corrida…) no Havaí.

Jovem, atleta e viajado. Se não fosse comprometido estaria vendendo o número dele por fortunas pras amigas.

Diferente de mim, criança sedentária, ele começou cedo a praticar esporte: jogava futebol e era menino do skate e do surf. Quase virou o Neymar do Sambaqui, jogou no Avante e no Triunfo e foi preparador físico das categorias de base do Triunfo. Mas eis que um belo dia, já como estudante de Educação Física, foi parar no staff do Iron e foi amor à primeira vista. E graças ao incentivo do xará e colega de “triatletismo” Guilerme Vinhas, partiu pros treinos e hoje é esse orgulho: triatleta da Federação de Triathlon de SC e participante do calendário de provas do esporte no estado e pelo mundo afora.
Num dia normalzinho, nosso homem de ferro treina de três a quatro horas, dá aula pro pessoal da corrida e atende como personal. E você aí, reclamando que não tem uma horinha pra dar um passeio na avenida com o cachorro…

Além dos treinos que faz de seis a sete dias na semana, a alimentação é um ponto importantíssimo no preparo do triatleta (lembra que eu sempre falo sobre alimentação???), considerada pelo Guilherme como a “quarta modalidade”. Ele segue direitinho as orientações da nutricionista Daniela Muniz. Mesmo com uma grande carga de treinos é preciso cuidar da alimentação, pois ela tem grande influência no desempenho.
E como sozinho a gente não chega em lugar nenhum neste mundo, sempre bom lembrar de mandar um beijão pra galera que dá uma força pro atleta: o técnico Gustavo Pinto, a nutricionista Daniela Muniz e os apoiadores Empório Ilha Pescados, Frezite e Bike Tech Floripa.

Beijo, Gui! Se chover amanhã não vou treinar. Malzaê!