Menina, Garota, Mulher...

eu, no meu aniversário de 3 anoseu, com 4 anos e meio, na festa junina da casa de praia dos meus pais

Como muitas de vocês já sabem eu tenho 36 anos de idade (farei 37 em dezembro), sou casada, sou psicóloga e criei este blog como um hobby, onde exerço minha rebeldia de me recusar a perder a juventude, apesar dos cabelos brancos e do tempo que passa mais veloz a cada ano.
Os sonhos de menina não ficaram para trás, estão todos aqui, impressos nas minhas células que insistem em envelhecer, mas também nas minhas esperanças que continuam com o frescor da meninice.
Não foi fazer 30 anos que me tornou mulher, não foi casar, nem tentar ter filhos: sim, eu sou uma das milhares de mulheres por volta dos 30 anos que estão tentando ser mães, ouvindo desesperadamente o tique-taque do relógio biológico.
O que me tornou mulher não foi o tempo, foi minha história: desde as brincadeiras com bonecas até os sonhos de encontrar meu príncipe encantado. Eu sou o conjunto de todos os livros que li, músicas que escutei, pessoas que conheci, coisas (as boas, as ótimas, as ruins e as terríveis) pelas quais passei.
Hoje tenho meu príncipe, tenho uma casa, tenho uma profissão. Já viajei, já errei e acertei, já beijei pessoas que não me mereciam e achei que o mundo fosse acabar muitas vezes.
Mas continuo aqui, de pé, com todas as minhas vitórias e meus fracassos, meus erros e acertos, meus sorrisos e minhas lágrimas.
A mulher que sou hoje é apenas a versão maior da menina que fui um dia. Tudo ainda está aqui: os medos e os sonhos. Esta sou eu, a pessoa que mais tenho que amar no mundo, uma menina,uma garota, uma mulher, que espera ser boa naquilo que faz, que deseja fazer as pessoas felizes, que quer ser feliz também.
E ser feliz, eu descobri, depende muito mais do que há dentro de mim do que acontece a minha volta.
Isso me fez lembrar uma frase de Albert Camus, autor do qual gosto muito: "E no meio do inverno eu descobri que dentro de mim havia um verão invencível."
Seja feliz já!