Como identificar se uma bolsa Louis Vuitton é falsificada - Garotas Modernas Garotas Modernas : Como identificar se uma bolsa Louis Vuitton é falsificada

Como identificar se uma bolsa Louis Vuitton é falsificada

 Louis Vuitton Neverfull GM
 Louis Vuitton modelo Neverfull
Imagem: Luxury 4 Time
Este fim de semana uma leitora me mandou um email pedindo para que eu a ajudasse a descobrir se a bolsa que uma conhecida trouxe pra ela de fora era original mesmo... Afinal, não é um produto descartável e ela pagou por uma autêntica. Ela me mandou fotos e considerando o que aprendi com uma vendedora super atenciosa lá da loja do Iguatemi São Paulo, a Alessandra e também lendo e me informando por aí, a bolsa da leitora parece ser sim original, visto que tem nota fiscal da Louis Vuitton (a LV jamais é vendida em outras lojas, apenas nas lojas próprias - em alguns países, grandes lojas como a Galeries Lafayette, em Paris, tem uma loja da Louis Vuitton dentro de suas dependências).
Algumas dicas para não ser enganada:
ao contrário do que os vendedores de falsificações dizem, nenhum produto da Louis Vuitton vem com "cartão de autenticidade" de papel ou plástico - a garantia é a nota fiscal da loja LV (se você comprar um produto da marca, guarde a nota com cuidado)
os produtos da LV são vendidos exclusivamente nas lojas próprias e as bolsas não vem com plásticos ou papéis protegendo alças (elas ficam armazenadas em gavetas e vem com um saco protetor de tecido)
todos os modelos tem um código de série impresso em baixo relevo no couro, composto de 2 letras (que representam a fábrica onde foi feita) e 4 números (que indicam a semana e o ano da fabricação), em algum lugar escondido dentro da bolsa: os da Speedy e da Neverfull ficam por baixo do bolso interno, na altura de uma das alças
alguns modelos das bolsas Louis Vuitton, como a Speedy e a Neverfull, podem, com o tempo, ter os metais levemente oxidados, pois a proposta destas bolsas é ganhar um "ar vintage" com o passar dos anos - ou seja, o metal de certos modelos da LV podem sim oxidar, especialmente em cidades próximas ao mar (mas isto não acontece com todos os modelos, somente em alguns específicos)
o mesmo "processo de envelhecimento" acontece com as alças de alguns modelos que são de couro claro, como a Damier Azur e a de Monograma tradicional, que escurecem com o tempo - alça clarinha que não escurece jamais, por mais que seja usada, é sinônimo de falsificação
nem todas as bolsas da Louis Vuitton são fabricadas na França, a LV também tem fábricas na Espanha, EUA, Inglaterra e Alemanha, além de outros países europeus, conforme você pode conferir mais abaixo
Dentro da bolsa você sempre encontra um papel branco com o código de barra o modelo da bolsa adquirida e seu ID para localização em estoque (o ID é padrão para cada um dos modelos de bolsa) e também um papel bege da marca falando do tecido, em inglês e francês
a Louis Vuitton não faz liquidações nem tem ponta de estoque e os preços são tabelados em cada país e, apesar de todos os nossos impostos, alguns modelos, como a Neverfull, estão com um valor muito semelhante nos EUA e no Brasil, especialmente se a compra for feita com cartão de crédito no exterior (por causa do IOF), no entanto, na França, os produtos saem mais baratos para nós, pois recebemos de volta 20% do valor pago (por causa do detáxe, o tax free sobre produtos de origem francesa)

Lembre-se que TODAS as bolsas da LV contém um número de série, que é impresso em baixo relevo e fica escondido em algum lugar da bolsa ou carteira, local este que varia de acordo com o modelo.
Estes são os códigos utilizados pela LV para distinguir os locais de produção:
France:  A0, A1, A2, AA, AAS (Special Order), AN, AR, AS, BA, BJ, BU, DU, CO, CT, ET, FL, LW, MB, MI, NO, RA, RI, SD, SL, SN, SP, SR, TH, TR, VI, VX
USA:  FC, FH, LA, OS, SD, FL
Spain:  CA, CR, GI, LO, LB, LM, LW
Italy:  BC, BO, CE, FO, MA, RC, RE, SA, TD
Germany:  LP
Switzerland: DI, FA
Ambas bolsas que tenho da Louis Vuitton (uma Speedy Damier Azur, comprada em Paris e outra Neverfull MM Damier Ebene, comprada no Iguatemi São Paulo), são consideradas por muita gente (pra mim esnobes até a raiz dos cabelos), como "LV de pobre", pois são dois dos modelos entre os mais baratos da marca, que entram no conceito de produto masstige,  um produto de prestígio com preços acessíveis à massa (esta "massa", segundo este conceito, se trata da classe média ascendente), sobre o qual a Consuelo já falou aqui.
No entanto, estes críticos esquecem que o modelo Speedy é um clássico (o favorito de Audrey Hepburn) e a Neverfull é a bolsa mais prática que já tive para o cotidiano: literalmente cabe tudo, é leve, confortável, não estraga (só não é perfeita por não ter zíper). 
O termo masstige foi descrito em 2003 pelos consultores americanos Michael Silverstein e Neil Fiske em um artigo da revista Harvard Business Review: é uma junção das palavras mass (massa) e prestige (prestígio) e significa, literalmente, prestígio para as massas. 
Os autores quiseram criar um conceito para denominar um fenômeno comum entre consumidores da classe média nos Estados Unidos (naquela época com renda mensal média de 4 200 dólares por família), "pessoas que estavam dispostas a gastar entre 20% e 200% mais em um produto que agregasse mais qualidades em comparação a um concorrente, e principalmente se tivesse inspiração em artigos de luxo". 
Isto provocou dois tipos de reação: a classe média passou a consumir produtos de grandes grifes, como Giorgio Armani e Tiffany, por exemplo, e a criação de produtos de massa com um apelo de "luxo", como a rede de cafés Starbucks.
Claro que há uma linha tênue entre quem deseja e compra um produto de luxo apenas por vontade de aparecer e aquele que consome porque gostou e pronto. Aí vai da personalidade de cada um. Eu não ligo a mínima em combinar minha única bolsa Chanel com um slipper da marca popular Moleca ou tricô da Marisa. Não é a marca da bolsa, roupa ou sapato que me definem: uso o que gosto.

Cada pessoa usa seu dinheiro, desde que ganho honestamente, como bem entende, acredito que a forma como cada um consome é uma questão de prioridades e desejos que os outros não devem julgar.
Mas comprar bolsa falsificada não é um bom negócio...
Será que não é melhor esperar mais e guardar dinheiro para ter o prazer de comprar uma na loja original com direito a pacote de presente e tudo (sim, elas sempre vem em lindas caixas, um verdadeiro charme) e abrir a caixa como uma criança desembrulha um presente de Natal muito desejado? 

2 comentários:

  1. Oi, comprei uma bolsa de segunda mão. Estou insegura quanto a originalidade, apesar de fazer algumas comparações... Posso lhe enviar fotos para saber sobre a autenticidade dessa bolsa.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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