Quando a vida diz não

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Quando a vida diz não para a gente, depois de chorar e secar o pranto, o que resta fazer é prosseguir.
A vida é um cair-levantar, é um mar de incertezas, de mistérios, de coisas que nenhum de nós pode explicar. A única coisa que é capaz de nos colocar em pé quando tudo em nossa volta desaba é aqueles que amamos e que nos amam. O que sempre me sustenta é a mão forte e meiga do meu marido, as palavras dos meus pais, o abraço das minhas amigas.
Nós seres humanos somos sonhadores, fazemos planos, como se tudo dependesse só da nossa vontade, como se tudo fosse apenas resultado do querer... Mas há mais do que isto nas nossas histórias: há o inexorável poder do futuro, que não podemos controlar.
Como explicar as tragédias que acontecem com boas pessoas? Como explicar as maldades do mundo, as injustiças? Mas não, este não é um post para falar de Deus ou do destino, pois cada um de nós tem sua crença.
Este é um post para falar com todo mundo que já tentou conseguir algo de todo o coração e não conseguiu, é para quem já perdeu alguém querido que ainda deveria estar aqui, é para quem já foi assolado pela dor. Este é um post para mim, para você, minha amiga: para quem já sofreu de verdade e sabe que explicação alguma, lógica ou teológica, é capaz de neutralizar o sofrimento.
Para as lágrimas há dois remédios: deixar que elas corram livres e esperar o tempo fazer seu papel. Nada como o tempo para cicatrizar a ferida da alma.
Há uma frase do livro Núpcias - o Verão, de Albert Camus (autor do qual gosto muito), onde ele diz:

"Em pleno inverno, aprendia por fim que existia em meu ser um verão invencível."

Que assim seja. Que o sol brilhe dentro do meu coração e do seu!